24/01/2012 - FMI FAZ PREVISÕES SOMBRIAS


Quando o mundo começou a acreditar que os Estados Unidos estavam se recuperando, ainda que lentamente, assim como a Europa iria trilhar novo caminho, a presidente do FMI, Christine Lagarde, em discurso ontem para o Conselho Alemão de Relações Internacionais, declarou que a Itália e a Espanha podem ser tornar insolventes, devido ao custo para financiar suas dívidas, no caso de os líderes da zona do euro não criarem já um fundo emergencial de resgate maior do que o atual. As economias dos dois países são maiores do que a economia grega, cada um de per si. Esta continua com impasse de negociação com credores para redução das dívidas. Se houver referido desenlace as implicações serão desastrosas para a estabilidade global, disse.

Christine fez três recomendações, de que as economias mais fortes, como é o caso da Alemanha, invistam mais para o crescimento da região, aumentem a proteção e as reservas contra a crise da dívida e fortaleçam a integração européia. Ângela Mekel, chanceler alemã, somente neste último ponto concorda com ela. Ângela afirmou que “a Europa só irá para frente se trilhar o caminho da integração novamente”. Adiantou ainda que a disciplina fiscal é fundamental para o futuro da União Européia. Contra, argumentou Christine, de que cortes orçamentários indiscriminados somente aumentarão as pressões por mais recessão.

O evento ocorreu pela passagem dos dez anos de introdução das notas e moedas do euro. O fundo de resgate europeu que a Alemanha propõe é de US$500 bilhões. Christine quer que seja de R$1 trilhão. Ademais, referiu-se ao fato de que o FMI Irã captar mais US$ 500 bilhões adicionais, assunto que colocará em pauta na próxima reunião dos ministros das finanças do G-20, no México, em fevereiro.

O caldeirão está fervendo. O Banco Central da Espanha declarou ontem que a economia do seu país recuará 1,5% neste ano, cujos efeitos perdurarão até 2013. O desemprego lá atingirá 23,3% da população economicamente ativa. Motoristas de caminhão realizaram greve na Itália, ontem, contra elevação dos preços dos combustíveis, com 60 bloqueios em pistas rodoviárias. Afirmaram que voltarão a fazer novos bloqueios, na próxima sexta feira.

Os ministros das relações exteriores da União Européia fecharam acordo, também ontem, de iniciar o embargo às importações de produtos petrolíferos procedentes do Irã. Este país ameaça fechar o estreito de Ormuz, o que pode provocar colapso de abastecimento e paira ameaça de guerra. As tensões ficaram piores. No caso brasileiro também o Irã declarou que a presidente Dilma colocou para trás o muito do progresso que o presidente Lula realizou, em relações bilaterais.

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