25/01/2012 - EDUCAÇÃO DOS ÚLTIMOS 5 ANOS


Neste mês de janeiro a presidente Dilma ficou de fazer a reforma ministerial, começando ontem por mudar o Ministro da Educação, Fernando Haddad, que será candidato a prefeito da cidade de São Paulo, que está mal nas pesquisas, mas é protegido por Lula, que acredita também transferir votos para ele, bem como para o seu lugar colocou o Ministro da Ciência e Tecnologia, Fernando Mercadante. Já no lugar de Mercadante colocou um técnico respeitado, Marco Antônio Raupp. Lula esteve presente na posse e acredita que Haddad será novo ‘poste’, à semelhança que fez com a presidente Dilma que nunca disputou cargo de relevância. Estranhou-se que o governo não mostrou as realizações das pastas trocadas. A comunidade científica está vendo com bons olhos um profissional qualificado em ciência e tecnologia.

Já quanto ao Ministro da Educação que saiu, em artigo de Roberto Freire, presidente do PPS, no jornal Brasil Econômico deste final de semana, ele considera os cinco anos de Haddad no ministério como “educação reprovada” (título do artigo). Refere-se que “a incompetência do ministro não se restringiu ao ENEM. Livros didáticos foram distribuídos no País inteiro com erros de português. O ministério gastou tempo, energia e recursos para montar um kit contra a homofobia, que foi reprovado até pela presidência e serviu unicamente para a direita levantar-se contra o esclarecimento necessário sobre o tema. A expansão descontrolada das vagas nas universidades federais sem planejamento fez o sonho se transformar em pesadelo para aqueles que assistem aulas, quando são ministradas, em locais inadequados e sem equipamentos. E como não houve previsão da demanda por vagas, milhares sobram ociosas ano a ano, num desperdício completo de recursos escassos. A alardeada supervisão dos cursos superiores serviu somente para demonstrar que o MEC deixa faculdades sem condições começarem a funcionar para depois fazer exigências de qualidade, após milhares de estudantes terem estudado nessas instituições ineptas, perdendo tempo e dinheiro e não alcançando a formação pretendida, como comprova a alta taxa de reprovação dos diplomados nas provas de admissão das referidas carreiras. Enquanto isso, ainda somos o 53º no ranking do PISA/2009 (dentre 57 países avaliados em 2011), o Programa Internacional de Avaliações de Alunos da OCDE, muito atrás dos nossos vizinhos latino-americanos”.

Neste momento irá para o Ministério da Educação um economista, professor de pós-graduação da UNICAMP, muito bem referenciado como tal e o senador mais votado pelo Estado de São Paulo renascem as esperanças de que ele faça realmente a reforma da educação brasileira, a começar do ensino fundamental e fazendo as cadeias com os ensinos médio e superior, indispensáveis em integração para o verdadeiro desenvolvimento.

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