01/01/2012 - TEORIAS APOCALÍPTICAS E A ECONOMIA


O homem sabe do passado ao presente. Quanto ao futuro, baseado em modelos matemáticos se aproxima da verdade em suas previsões. Às vezes, fica muito longe da realidade. Mas, as previsões, principalmente as econômicas, podem estar próximas do certo, geralmente com 2,5% de erro de cada lado da curva normal. Isto é, um fenômeno que ocorre com 95% de possibilidade de chance é considerado pela estatística como normal.

Agora, as teorias apocalípticas nunca deram certo. Nenhuma chegou perto da verdade. Desde a previsão do dilúvio alemão (1499), feita pelo astrólogo Johannes Stoefler, o fim do mundo acabaria debaixo d’água. Nostradamus (1503/1566) afirmou que quando a páscoa caísse no dia 25 de abril se chegaria ao termo. Da época dele para cá já aconteceram quatro vezes o dia 25 referido (1666, 1734, 1886, 1943). Ele também escreveu que o fim também poderia vir em setembro de 1999, vindo do céu “o grande rei do terror”. O dilúvio inglês, enunciado para 13 de outubro de 1736, pelo teólogo e matemático William Whiston nunca veio. Autor da lei da gravidade, Isaac Newton previu o fim do mundo para 2060. O astrônomo escocês, Charles Piazzi Smith, projetou o fim para 1886, baseado em inscrito na grande pirâmide de Gizé, no Egito. Em fevereiro de 1910, o observatório de Chicago anunciou uma cauda de gás venenoso no cometa Halley, passando perto da terra, que a destruiria. Em 1974, os astrofísicos John Gribbin e Sthephen Plagemann, previram um realinhamento da terra com Júpiter e Saturno, que acabaria o mundo. Em 1960, a revista Science publicou artigo que marcava o fim para o dia 13 de novembro de 2026, quando a população mundial seria maior do que o planeta poderia suportar. Enfim, o apocalipse de João foi de que o mundo acabaria em 1033, mas como não aconteceu os revisores da Bíblia colocaram para 2033. Nessa ocasião, a Besta e Cristo travariam uma batalha que levaria o universo às cinzas. Enfim, agora no novo ano, mais de 200 livros estão à venda no site da americana Amazon sobre o fim dos tempos. Na esteira do medo, US$9,5 mil é o preço de uma tenda capaz de resistir a desastres nucleares, químicos ou biológicos. O filme “2012” arrecadou US$770 milhões desde 2009, quando previu o fim.

Na economia mundial provavelmente quase todos os países erraram os seus cálculos para menos. O governo brasileiro projetou 5%, depois reduziu para 4,5%, 4%, 3,5% e 3%. Por volta deste último número parece haver um consenso. As projeções deste ano começaram também com 5%. Há quem diga que poderá ser até um pouco negativa a taxa. Mesmo tendo reagido um pouco a economia mundial e a brasileira neste final de 2011, o ano que se iniciou poderá ser parecido com o ano passado. A crise que se iniciou em 2007 poderá por mais de cinco anos, com dois mergulhos ou mais. Agora, o futuro está aí pela frente com sua incerteza.

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