15/01/2012 - TRÊS BILHÕES DE CONSUMIDORES


Considerando a população mundial de 7 bilhões do início desta década, a consultoria global Mc Kinsey divulgou estudo em que projeta que nos próximos 20 anos o mundo contará com mais 3 bilhões de consumidores, principalmente nos países emergentes, de onde eles sairão da pobreza, por força da inclusão social, os quais irão demandar alimentos e matérias primas, os quais o Brasil terá um imenso mercado para vender. Significa dizer que até 2030 um impressionante contingente de consumidores irá elevar as vendas sem paralelo na história.

Economistas baseados nas idéias de Thomas Robert Malthus, que morreu em 1834, colocam em cheque que a teoria dele não pereceu, a de que a população cresce em progressão geométrica e os recursos produtivos em progressão aritmética. Claro, não pereceu para questões particulares, mas não vale para o geral. Referido economista clássico desapareceu antes que o petróleo se tornasse a força motriz da economia, de a energia elétrica acelerar a produção industrial, a química promover a revolução agrícola, a cibernética chegar onde hoje se encontra a internet. Enfim, das idéias de que existe no capitalismo “a destruição criadora”, conforme Schumpeter, notável economista da primeira metade século XX, que comprovou que a inovação é a chave para o capitalismo continuar se redesenhando.

No século XXI são os fatores ambientais que restringem a ocupação de terras e as reservas minerais, antes, fartas estão no limite, o que encarece a exploração. Por exemplo, a extração de zinco poderão se esgotar em 20 anos; as de cobre, em 40 anos; as de níquel, em 50 anos. Sem contar que o petróleo está cada vez mais difícil extraí-lo. Enfim, referidas matérias primas irão ficar mais caras. Entretanto, a história da humanidade tem demonstrado que o homem está sempre se superando. Geralmente, quando se ingressa em espaços de incertezas e riscos surgem novas oportunidades. Por oportuno, o Brasil é sempre lembrado pelas imensas reservas que tem. Porém, sem um planejamento de longo prazo como fez a China terá obstáculos imensos. Porém, na última década o fôlego cresceu. O Brasil foi de sexto para terceiro maior exportador de produtos agrícolas, devendo crescer mais. Há instituições de pesquisa que acreditam que em 30 anos poderá ser o primeiro da área global.

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