27/09/2011 - FANTASMA DO DESEMPREGO
Estudo conjunto da Organização Internacional do Trabalho (OIT), órgão da ONU, bem como a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), órgão da União Européia, apresentado ontem em Paris, revela que a crise de 2008 aumentou em 20 milhões de desempregados o exército de reserva calculado hoje em 200 milhões no mundo. O segundo mergulho destes 2011 poderá, segundo elas, trazer também mais 20 milhões de desempregados. O trabalho fez estudo no grupo do G-20, com situações bastante distintas, já que na Europa e nos Estados Unidos o desemprego permanece muito alto, enquanto a situação de emprego melhorou em alguns países como a Alemanha e o Brasil.
O chefe da análise de empregos da OCDE no conclave, Stefano Scarpetta, afirmou: “Estamos muito preocupados com o que estamos vendo nos números. A recente expansão do emprego no G-20 é insuficiente para compensar os 20 milhões de empregos pedidos na crise de 2008. O emprego cresceu 1%, mas é necessária uma expansão anual de pelo menos 1,3%, para suprir a falta de 20 milhões de empregos, nos países do G-20 até 2015. A situação tende a piorar com a atual desaceleração econômica”. Para ele, a situação somente não é pior do que em 1929.
Divulgada ontem também uma pesquisa com 100 varejistas no primeiro dia do Congresso Mundial de Varejo, em Berlim. Os grupos econômicos da Europa Ocidental estão mais pessimistas sobre a confiança do consumidor no mercado doméstico do que em qualquer outra parte do mundo. O vice-presidente da federação dos lojistas lá reunidos, Lovro Mandec, afirmou que “as pessoas estão com medo de perderem o seu dinheiro e não estão gastando como poderiam. As taxas de poupança estão crescendo muito e isso não ajuda”.
Em 2008, os países ricos aumentaram muito o seu endividamento para salvar as empresas. A economia não retornou ao nível de atividade dos sete primeiros anos da década atual. Os países desenvolvidos se mostram hoje muito endividados e não se gerou confiança para a economia reagir com força. Logo, as notícias continuam ruins.
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