18/09/2011 - PROTECIONISMO
Na semana que se encerrou o governo federal editou medida de elevação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de 30% sobre carros importados sem índice de nacionalização igual ou acima de 65%. Isto é, peças, mão de obra, equipamentos, dentre outros itens têm que ser produzidos no País. A medida atinge carros coreanos e japoneses que têm ingressado no Brasil a preços menores do que os veículos fabricados aqui. Tal medida transcorreu devido ao lobby das montadoras de automóveis instaladas há décadas no Brasil, as quais têm perdido parte do mercado consumidor de carros.
Associação Brasileira de Importadores de Veículos (ABEIVA) ameaça ingressar na justiça nacional e na Organização Mundial de Comércio contra tal retaliação. Diplomatas da China, Coréia do Sul, Europa, Japão e Estados Unidos analisam as medidas tomadas e podem fazer denúncia coletiva contra o Brasil, se ficar provado que suas indústrias serão afetadas. O presidente da referida associação, José Luis Gandini, afirmou na semana que passou que os fabricantes nacionais agora pretendem elevar os preços de suas marcas. “Com a concorrência impedimos o aumento dos preços de mercado”, disse ele. A ABEIVA é formada por 25 empresas importadoras, com 5,8% do mercado de automóveis. O ministro da fazenda, Guido Mantega, justificou a medida como forma de fortalecer a produção nacional e manter os empregos na indústria. Será? Claro que sim. Mas, não estaria aí também a confirmação da sanha tributária?
O protecionismo em tela irá beneficiar as vendas de carros nacionais, em detrimento dos fabricantes internacionais e importadores de veículos. Entretanto, o consumidor não será beneficiado. Pelo contrário, poderá até ser prejudicado, pela provável elevação dos preços dos automóveis.
O protecionismo em tela irá beneficiar as vendas de carros nacionais, em detrimento dos fabricantes internacionais e importadores de veículos. Entretanto, o consumidor não será beneficiado. Pelo contrário, poderá até ser prejudicado, pela provável elevação dos preços dos automóveis.
Quer dizer, quando o governo federal quer, pode adotar medidas protecionistas. Todavia, é estranho que não o tenha feito de forma generalizada para as indústrias produtoras e exportadoras, as quais vêm definhando ou desaparecendo pela concorrência asiática. Sem dúvida, fica transparente que os governos do PT fazem vista grossa para os abusos que realizam as incorporadoras, superfaturando preços em obras públicas, assim como é visível a força que têm as multinacionais dos automóveis.
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