13/09/2011 - LULA EMPREGOU TRÊS VEZES MAIS QUE FHC


O número de servidores contratados para a administração pública nos dois mandatos do presidente Lula alcançou 155.534 servidores, enquanto nos dois mandatos do governo de FHC foram 51.613 servidores. Trata-se de contratos por concurso público. Contudo, ambos preencheram cerca de 25.000 cargos de confiança, após as respectivas eleições, sem concurso público e até mesmo sem qualificação técnica para o exercício do cargo. Isto é, por indicação política. O funcionalismo federal, em geral, tinha um estoque de mais de 500.000 funcionários em ambas as eras de Lula e de FHC. A diferença é de que no período do presidente Lula os concursos foram promovidos com maiores salários, ao ponto de hoje a média salarial dos servidores federais serem de até 10 vezes mais do que os funcionários do setor privado.

Nos dois mandatos de Lula, nunca se viu tanta partidarização do governo. Vale dizer, sindicalistas, chefes de movimentos sociais, partidários da base aliada, dentre outros políticos foram chamados por Lula para exercer cargo no governo, nas estatais. Além do mais, muitas ONGs ligadas aos movimentos sociais foram convidadas a auxiliar o seu governo. Em conseqüência, as greves foram neutralizadas e o movimento sindical passou a propugnar por reivindicações nitidamente trabalhistas e não políticas partidárias como vinham exercendo. É fato que FHC engavetou cerca de 600 denúncias de corrupção nos seus oito anos de governo. Não foram abertos processos. Mas, dele não está tendo mais nada em juízo. Já, Lula, não.

Instado a mostrar as diferenças entre o ex-presidente Lula e a presidente Dilma, que tem procurado afastar declarados corruptos do seu governo, Jacques Vagner, governador da Bahia, em entrevista da revista Isto é, datada de 14-09-2011, assim se refere: “É claro que o presidente Lula, por ser um homem totalmente da política, acabou sendo mais tolerante do que Dilma com o gênero humano e seus erros. Ele sabe que para governar é preciso, muitas vezes, conviver com pessoas que não tem o mesmo padrão de comportamento. Nesse aspecto, a presidente Dilma tem uma bem vinda taxa de intolerância muito grande. A intolerância tem que ser no conteúdo, não na forma”.

Em 2005 estourou o esquema do mensalão, cujas investigações terminaram em 2008, cujos julgamentos se darão no primeiro semestre de 2012. No seu governo, a procuradoria da república classificou como uma “sofisticada organização criminosa”. O empresário Marcos Valério de Souza, operador principal do mensalão disse na semana passada em sua defesa, antes do julgamento, que existe uma ação política para salvar os petistas da condenação da justiça, querendo também ser incluído nela. Caso contrário, ameaça mostrar provas de que o ex-presidente sabia de tudo. Na sua defesa, sustenta que a acusação deveria incluir Lula.

Em resumo, as eras de FHC e Lula foram realmente democráticas. A era FHC parou por si. Mas, a era Lula prossegue com Dilma Roussef. O fato concreto é que a grande aspiração brasileira é de que reduza a impunidade na corrupção. Os movimentos populares estão tomando vulto. Os sinais evidentes são de que eles vão crescer, para melhoria das instituições nacionais.

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