25/09/2011 - POBREZA EXTREMA MAPEADA

O Ministério do Desenvolvimento Social baseado no Censo de 2010, identificou 4 milhões de domicílios considerados miseráveis. 1,620 milhão deles não tem nenhuma renda; 1,19 milhões de residências a renda é de R$1,00 a FR$39,00 per capita; 1,19 milhão as famílias vivem com renda de R$40,00 a R$70,00. O Estado com maior número de miseráveis absolutos é a Bahia, onde estão 2,4 milhões ou 14,8% da população extremamente pobre. Os baianos miseráveis são 17,7% dos moradores da Bahia. Entretanto, é no Maranhão onde está a maior proporção de miseráveis. Ou seja, 25% da população vivem com renda de zero a R$70,00, perfazendo 1,7 milhão de pessoas. Seis Estados, BA, MA, CE, PE, PA, SP, tem mais de 1 milhão de residentes em extrema pobreza. No conjunto, eles têm 9,4 milhões de miseráveis. Ou seja, 58% do total.

Mapeados pelo referido ministério, 8,5% dos 190 milhões de brasileiros recenseados vão ser objeto de ação pública. No Rio de Janeiro foram identificadas 320 mil famílias, ou seja, 10% da população do interior do Estado. Contudo, devido o elevado custo de vida daquele Estado, a população alvo considerada é de renda mais elástica, de até R$100,00. Naquele Estado os dados utilizados são do Programa Bolsa Família.

O reflexo desse atraso se faz em muitas áreas. Por exemplo, hoje mesmo a Associação Brasileira de Criminalística divulgou dados estarrecedores sobre a solução de casos de homicídio no Brasil. Apenas de 5% a 10% dos casos são solucionados. Por sua vez, nos Estados Unidos, 65% são resolvidos; na França, 80%; no Reino Unido, 90%. Claro, a maioria dos homicídios é de pobres, considerados miseráveis ou indigentes, cujos baixos níveis cultural/educacional e de renda não os fazem propugnar para soluções dos casos de homicídios. Enfim, referidos pobres, além de serem desprovidos de iniciativas, não tem recursos, nem a assistência que lhe deveriam ser devidas.

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