08/09/2011 - PIORAM AS EXPECTATIVAS


Em discurso de 11 minutos alusivos à Independência Brasileira, a presidente Dilma Roussef pronunciou discurso pouco otimista quanto aos rumos da economia mundial, em cadeia de rádio e televisão no dia 06 deste, à noite. Para ela o segundo mergulho na crise econômica atual será mais profundo do que aquele iniciado em 2008. No entanto, disse que o País está preparado e não será ameaçado. Reiterou todos os programas que vem desde o governo do presidente Lula, mais aqueles que lançou sobre o Brasil sem Miséria, Brasil Maior, terminando dizendo que seu governo não se “acumplicia” com a corrupção. Quanto aos programas de Lula se percebe redução no ritmo e os que lançou ainda não teve recursos liberados.

No dia 07, as estatísticas oficiais da inflação (IPCA) deram conta de que se atingiu 7,32% em agosto, em doze meses, a maior taxa desde junho de 2005, quando alcançou 7,27%. O IPCA voltou a se acelerar em agosto, atingindo 0,37%. O resultado é mais do que o dobro do registrado em julho (0,16%). Tal acontecimento transcorreu antes da redução da SELIC, de 12,5% para 12% anuais. Devido a este fato recente, muitos analistas financeiros estão apostando que a inflação pode recrudescer. Porém, em declarações à Agência Estado, publicadas hoje, o professor da PUC-Rio, Luiz Roberto Cunha, acredita que a inflação irá convergir para o centro da meta de 6,5%, até o fim do ano. Segundo ele: “Eu diria que, em 2010, tivemos dois choques de alimentos, no começo e no fim do ano. Este ano, temos os serviços, que já subiam no ano passado, mas que estão muito fortes agora, porque tem a recuperação de toda renda, a demanda e o próprio crescimento. Apesar da desaceleração, o crescimento da área de serviços continua forte”. Na verdade, ela continuará alta para os padrões dos últimos cinco anos e isto não é bom para crescer alto.

Dessa forma, o Boletim Focus do Banco Central, após ouvir cem especialistas financeiros, recuou nesta semana a previsão de incremento do PIB para 3,67% neste ano e também abaixo de 4% no ano que vem. Enfim, as notícias da economia americana e da economia européia não são boas. Os EUA estão estagnados e se fala que a Itália ter sua nota rebaixada, enquanto aquele país debate pacote de austeridade. Parece que os indicadores pioram em todos os cantos. Pelo menos, não se fala em melhora, nem na China.

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