07/09/2011 - QUINQUENIO DOS ESPORTES
Dois dias atrás foi revelado aqui quanto pequeno é o Ministério dos Esportes, seja em verba, seja em realizações. Mesmo assim, recheado de denúncias de corrupção em convênios com as ONGs. Elas poderão ser apuradas. O ministro Orlando Silva, que já devolveu dinheiro gasto com cartão corporativo com desvio de finalidade, também corrigiu a rota das irregularidades, fazendo agora convênios diretamente com as prefeituras. Este ministério foi criado para acomodar as alianças da base aliada. Na verdade, atender ao PCdoB.
O seu papel terá de ser reformulado, visto que nunca as atenções mundiais estiveram voltadas para o Brasil no que se referem aos esportes. Pela Copa do Mundo em 2014 e pela Olimpíada em 2016. O enfoque econômico é o cálculo de que os investimentos possam alcançar algo superior a R$124 bilhões, em leque que vai da venda de camisetas à construção civil. A Copa do Mundo de 2014 se insinua com investimentos de R$113 bilhões. A grande parte dos negócios poderá ser com transporte urbano, previsto em R$67 bilhões. Seguem-lhe, em valores muito abaixo: hotéis, R$13 bilhões; saneamento, também R$13 bilhões; portos e aeroportos, R$7 bilhões; estádios de futebol, R$5,5 bilhões; segurança, R$4 bilhões; energia, R$2,5 bilhões; hospitais, R$1 bilhão. O subtotal da Copa Mundial é projetado em R$113 bilhões. Já os investimentos para os jogos olímpicos de 2016 estão previstos para transportes urbanos: R$4,5 bilhões; sistemas de gerenciamento ambiental, R$1,2 bilhão; portos e aeroportos, R$1 bilhão; obras urbanas, R$0,8 bilhão; segurança, R$0,8 bilhão; vila de hospedagem dos atletas, R$0,8 bilhão; energia, R$0,8 bilhão; instalações esportivas. R$0,5 bilhão; vila olímpica, R$0,4 bilhão; centro de imprensa, R$0,2 bilhão; no subtotal para a Olimpíada de R$11 bilhões. Quer dizer, a perspectiva é de inversões de R$124 bilhões, por baixo, haja vista que no Brasil os orçamentos tendem a crescer, seja por má previsão, seja por corrupção não admitida, mas presumida.
A Copa do Mundo de 2014 será realizada após 64 anos do primeiro evento no Rio de Janeiro. Desta vez será em 12 cidades, onde os estádios foram feitos, refeitos ou reformulados. Trata-se de mercado em ascensão de patrocínios, direitos de transmissão, equipamentos, ingressos, feiras de negócios do circuito esportivo internacional. Enfim, vendas de bens e serviços. Resultados já são observados. O número de competições e feiras passou de 19 em 2006 para 30 em 2010, com previsão de 148 em 2011. Enquanto atletas e seleções estarão envolvidos na Copa e na Olimpíada pelas conquistas dos primeiros lugares, as marcas dos materiais esportivos irão gastar cerca de US$14 bilhões. Das cidades que vão sediar os jogos, somente três não têm tradição na área, Cuiabá, Brasília e Manaus, que correm o risco de transformar monumentos em desperdício.
Comentários
Postar um comentário