16/09/2011 - POLÍTICA DE ALIANÇAS


As alianças políticas, no caso brasileiro atual têm acarretado uma série de elevados custos econômicos, visto que a prática generalizada de desonestidade deprecia as instituições, sem que existam medidas coercitivas, por força de lei, que as façam recuar. Isto é, o Brasil tem várias forças investigativas, porém com muitos percalços processuais penais. Quando remetem às forças policiais, estas já não têm a oportunidade de cumprir os mandatos. Por seu turno, os inquéritos instalados demoram tanto que chegam às prescrições, sem julgamentos.

Na democracia a governabilidade é dada pela política de alianças entre partidos, enquanto nos regimes autoritários, de partido único, tal como a China ou a Rússia, dentre vários países, que se dizem democracia, mas não são, existe uma nomenclatura que dá as cartas. Os mais fortes politicamente estão no poder. Existem democracias onde o dirigente máximo é o primeiro ministro, escolhido pelo colégio do congresso de todas as tendências partidárias. Não indo o escolhido bem é imediatamente substituído. Por exemplo, no Japão, é mais rápido ainda, somente o partido majoritário escolhe o primeiro ministro. Logo, lá, é fácil a alternância da melhor forma de governar, pela decisão rápida e eficiente da condução estatal.

A democracia brasileira é centralizada em presidente eleito universalmente. Atualmente, está no poder a presidente Dilma, filiada ao PT. Ela sucede ao presidente Lula, que montou um esquema de alianças, baseado no loteamento de 25.000 cargos públicos, bem como a divisão dos ministérios pelos partidos da base aliada. Só que é como cada partido aliado, cerca 12, fosse dono de um feudo. O presidente Lula assim fez, mas Dilma não pretende continuar da forma dele, de não apurar nada. Em oito meses de governo, somente nos últimos três meses, já caíram cinco ministros, sendo quatro por denúncias de corrupção. A reação populacional é imediata, quanto à popularidade da governante, em queda lentamente, visto que a incapacidade administrativa dos ministros é visível e a roubalheira denunciada amplamente.

Corrente expressiva dos brasileiros está a exigir que a presidente adote providências drásticas para a profissionalização de cargos públicos. Ademais, a ineficiência dos órgãos fiscalizadores, seja pela falta de poder de punir, seja pela falta de alcance de controle, tem levado à impunidade geral. Não se sabe ainda se a sociedade civil irá reagir com manifestos. No entanto, é mais um descontentamento em curso.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

DÉFICIT PRIMÁRIO OU SUPERAVIT PRIMÁRIO?

OITAVO FÓRUM FISCAL ÁRABE EM DUBAI

BANCO ITAÚ MELHOR PERFORMANCE