10/09/2011 - EXERCÍCIOS DA CIDADANIA
Após uma série de acontecimentos que alertaram a opinião pública de que o exercício da cidadania deve ser efetivado, os últimos três meses tem sido repletos de iniciativas que fazem se pronunciar as organizações mais representativas do País, tais como Ordem Dos Advogados do Brasil, Associação Brasileira de Imprensa, Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, redes sociais da internet e Organizações não Governamentais. Ao nível internacional já se pronunciou o Fórum Econômico Mundial, acerca da melhoria da competitividade, ao expor as irregularidades da corrupção. Da Índia vem o exemplo do ativista Anna Hazare, propondo uma ouvidoria no seu país, aplicável em qualquer cidadão, inclusive o primeiro ministro, o que serve de exemplo para o Brasil. A frente Parlamentar contra a Corrupção está pedindo a população que assine um manifesto de que a substituição da ministra Ellen Greice, recentemente aposentada, seja por um advogado que seja favorável à Lei da Ficha Limpa. Porém, tais iniciativas não devem ser superestimadas, haja vista que, no dia sete de setembro, as manifestações pelo País alcançaram alguns milhares de manifestantes em Brasília, onde foi maior a concentração. Para lá, os órgãos de imprensa noticiaram o número mínimo de 12.000 e o máximo de 25.000 pessoas presentes, fazendo faxina a 300 metros da programação oficial. Em outros Estados existiram muitas manifestações, não necessariamente envolvendo o combate à corrupção, mas envolvendo pouca gente. Em São Paulo, na Avenida Paulista, a corrupção foi o tema, sendo o slogan mais repetido pelos manifestantes o de “acorda brasileiro, estão levando o seu dinheiro”.
Na contramão, a Câmara de Deputados ao manter o mandato de Jaqueline Roriz, em votação secreta, ela que foi acusada de receber dinheiro para compor seu caixa 2, o que levou a ser eleita, em áudio e vídeo, corrupto e corruptor bem identificados, Jaqueline Roriz e Durval Barbosa, o delator do esquema do mensalão do DEM. A lista dos parlamentares absolvidos pelos colegas desde 2005 se compõe de mais 15 deputados. Por outro lado, a União Nacional dos Estudantes, outrora combativa, hoje é uma entidade festiva ao governo. Já as centrais sindicais e os sindicatos somente se digladiam por fazer mais sindicatos, propugnar por mais verbas do imposto sindical e de reduzir a jornada de trabalho de 44 para 40 horas.
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