14/09/2011 - RESULTADO MEDÍOCRE DO ENEM


O Exame Nacional de Ensino Médio (ENEM) credencia os bons estudantes a ingresso nas universidades brasileiras. Porém, o ENEM não tem apresentando resultados felizes. Além de denúncias de fraudes nos últimos anos, o resultado limpo de 2010 é bastante frustrante, apresentando grau de eficiência de 1,91%, em comparação com 2009. Ora, o ano de 2010 mostrou a maior eficiência produtiva da economia brasileira em pelo menos 25 anos, que cresceu em 2010 o bom número de 7,5%. Portanto, a diferença entre as referidas eficiências denota quanto a educação brasileira está atrasada em relação ao progresso da economia.

A média brasileira do ENEM foi de 511,21 pontos, na escala até 1.000, sendo que das 100 melhores escolas brasileiras desse nível, somente 13 são públicas, sendo quatro delas educandários militares. Dos colégios públicos que participaram da avaliação, 96% dos colégios públicos tiraram nota inferior a media nacional, com 88% dos alunos dessas escolas, enquanto apenas 8% das escolas particulares tiraram nota inferior à media nacional do ENEM.

Segundo o MEC, O ENEM é um concurso voluntário, desacreditando que tenha representatividade para representar o universo das escolas. Ora, porque então fazê-lo? Claro que tal argumento é falacioso, em face aos resultados medíocres auferidos.

Os resultados do ensino médio são os melhores da educação brasileira. Quando se coloca o enfoque para cima, os resultados do ensino superior auferidos pelo Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (ENAD) não levam a aprovação pela média. A nota é muito inferior a 5, que, em tese, o ensino médio passa raspando. O triste é recordar que o Brasil está em 53º lugar entre 57 países na avaliação do teste internacional PISA. E, mais lamentável ainda, é a olimpíada de matemática que, neste ano, avaliou 19 milhões de crianças, com a nota média de 2,7. Nesse caos todo em que se encontra a lenta evolução da educação brasileira, tem-se a espantosa decisão do Conselho Nacional de Educação recomendar às escolas do ensino fundamental que não reprovem as crianças nos três primeiros anos do ensino básico.

Repetindo aqui o que gostava de dizer o cronista social, já falecido, Ibrahim Sued: “educação, vergonha nacional”.

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