28/06/2019 - LIBERAÇÃO DE COMPULSÓRIOS




Autoridade monetária executiva é o Banco Central (BC). Autoridade monetária planejadora é o Conselho Monetário Nacional (CMN). São autoridades criadas desde quando o País optou pelo capitalismo, definitivamente, após o golpe militar de 1964. CMN E BC procuram exorcizar principalmente o demônio da inflação. No entanto, dinheiro é combustível para investimentos. A inflação monetária é a tristeza de muitas décadas passadas, pelas quais o País não pretende mais repetir. Dessa maneira, cabe ao Banco Central usar instrumentos de xerife dos meios de pagamentos. Um dos quais é o de aumentar ou reduzir o depósito compulsório sobre dinheiro à vista e a prazo dos bancos, exercidas naquela instituição, tendo em vista o controle dos multiplicadores dos depósitos bancários. Quanto maiores compulsórios menos dinheiros circularão e o fantasma inflacionário, dentre outros dele decorrentes, se afastarão e vice-versa.

Não sem motivo, ontem, o Ministro da Economia, Paulo Guedes, mandou o BC reduzir o depósito compulsório sobre recursos a prazo de 33% para 31%. BC independente coisa nenhuma. Referido depósito é relativo a dinheiro emprestado pelos bancos. No que se refere aos depósitos à vista, dinheiro parado em cona corrente é de 25%.

Conforme o BC a mudança implicará na injeção imediata de R$16,5 bilhões para os bancos, que se supõe chegará como crédito mais barato às empresas. Isso é grande, mas é pouco em relação ao sistema financeiro que tem retido cerca de R$400 bilhões nos cofres do BC. As quantidades de dinheiros vezes as suas velocidades são monitoradas diariamente pelo BC. Dinheiros são liquidezes por excelências. Excessos, podem causar crescimento com inflação. Escassezes podem causar recessão com deflação, conforme a teoria. Porém a teoria, na prática é outra. Por isso, são necessários controles diários dos meios de pagamentos.

No mundo real, as teorias devem ser seguidas. Porém, o atual governo está procurando experimentar mais um caminho, não somente pelas reformas estruturais, bem como pelos controles dos efeitos monetários.

O Ministro da Economia cantou a pedra de que poderá injetar até R$100 bilhões. Todo cuidado é pouco, até mesmo como blefe.

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