22/06/2019 - PROJETOS NA CÂMARA QUE PODERÃO ALAVANCAR
A alavancagem total é a variação na alavancagem operacional
vezes a alavancagem financeira. Descobre-se, por oportuno, que existem oito grupos
de anteprojetos, já identificados, na Câmara de Deputados Federal, que poderão
gerar R$1,4 trilhão em novos investimentos, de natureza público-privada. Isto giraria
em torno do dobro do que está previsto para a reforma previdenciária, estimativas
para dez anos. Diante da ainda falta de articulação política do governo
federal, os deputados decidiram levar avante tais propósitos, mas de forma
devagar. 1. Telefonia, 1.Saneamento, 3. Energia, 4. Mineração, 5. Área
fundiária, 5. Empresas de aviação, 7. Desapropriação de bens públicos. 8. Concessões
ou parcerias público-privadas de portos, aeroportos e na área petrolífera. O
desafio é tirá-los de anteprojetos para projetos a serem votados. Daí, caminham
lentamente e o País está praticamente estagnado.
Para Marcos Ferrari, ex-assessor do Ministério do Planejamento:
“A questão não é a falta de recursos para investimentos. O principal é resolver
gargalos. Os nós estão na escassez de projetos viáveis e na falta de eficiência
regulatória. Bastaria modernizar as regras dos setores como telefonia, energia,
saneamento e mineração, para destravar investimentos. Além disso, é preciso estabilidade
nas decisões das agências reguladoras”. As declarações de Ferrari, na Folha de
São Paulo de hoje, elencam os deputados e senadores que estão com os anteprojetos
dos marcos regulatórios. Só para citar aqui, o maior deles, na área de
saneamento, que está para ser prolatado pelo Senador Tasso Jereissati, poderia
alavancar a metade da cifra citada, no valor de R$700 bilhões. Em suma, os
congressistas deveriam realizar os seus papéis e não o fazem por terem vieses
políticos antigos. Aguardar para definir vantagens próprias e dos lobismos que
inundam o Congresso Nacional. O atual governo quer mudar isto. Mais ainda não
conseguiu e, por isso mesmo, caminha lentamente, aguardando que a reforma previdenciária
e a reforma tributária sejam aprovadas ainda neste ano. Para, no próximo crescer
mais de 2%, isto visando somente investimentos em novas plantas empresariais. É
preciso juntá-las, parcerias público-privadas e novos investimentos dos
capitalistas, tanto nacionais como internacionais.
O fato é que a taxa de investimentos de 2007, 12 anos atrás, era
de 18%, que vinha numa subida de 15% de inversões, dos 50 anos pretéritos. Porém
hoje recuou para os 15%. Convém aqui lembrar que, referida taxa, nos anos de
1970, girava na faixa 20% a 25% e o País cresceu mais de 10% seguidos, em média
anuais, em anos selecionados daquela década.
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