04/06/2019 - COMO ESTÃO DELATORES DO FIM DO MUNDO




Em 2014 se iniciou a operação Lava Jato, ainda não concluída, de investigações em esquemas de corrupção em obras públicas, esquema que não era novo, mas se tornou corrupção sistêmica, isto é, por exemplo, no maior conjunto de obras desde 2007, o Programa de Aceleração do Governo (PAC), os grandes investimentos eram realizados por cartel de 29 empreiteiras, sendo a maior delas a Odebrecht. Em 10 anos, de 2005 a 2014, o grupo Odebrecht cresceu 10 vezes e se tornou o maior conglomerado do País. Em menos de cinco anos se desidratou bastante e pouco se lembra de o poder que tinha. Nas duas temporadas da série “O Mecanismo”, da Netflix, tem-se a demonstração do esquema, com dados reais e nomes trocados dos personagens vivos.

Há três anos que foi selado um acordo de delação premiada com 79 dirigentes da Odebrecht. Este ficou sendo chamada de a “delação do fim do mundo”. Abalou, mas trouxe mais estragos dentro do grupo. Estão sendo apurados e responsabilizados os culpados. Na medida em que se procurou fazer acordos de leniência e que as empresas envolvidas na Lava Jato procurem agir com a ética, os reflexos sobre o desemprego foram enormes e trouxe par a estagnação uma economia que já vinha com baixo crescimento econômico.

Dos 79 então integrantes do grupo Odebrecht, 50 foram trabalhar em negócios próprios ou de familiares, já existentes antes da referida delação, ou foram trabalhar em outras empresas. 12 diretores deixaram a companhia e abriram novas empresas. Somente 11 continuam no grupo econômico.  Quer dizer, 78% dos dirigentes que saíram dão uma ideia como o grupo ficou desidrato, haja vista que eram CEOs. Isto é, diretores executivos operacionais, em tradução literal.

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