09/06/2019 - DIAGNÓSTICO DE PAULO GUEDES




O economista Armando Avena possui um portal, denominado Bahia Econômica, onde escreve e transcreve artigos sobre economia, tanto brasileira como baiana. Na sexta, dia 7 fez artigo, para o jornal Correio da Bahia, intitulado “A baleia de Paulo Guedes”, nas palavras de Avena: “Lembrei-me de Moby Dick ao ouvir o ministro Paulo Guedes afirmar esta semana que o Brasil é uma baleia ferida que foi arpoada várias vezes, está sangrando e parou de se mover”. Citando as palavras de Guedes: “Não tem direita ou esquerda, precisamos retirar os arpões”. Avena continuou: “Completou o ministro durante audiência na Comissão de Finanças de Tributação na Câmara. A metáfora parece interessante e, efetivamente, a situação da economia brasileira não comporta discussões ideológicas.” No entanto, para Guedes, a salvação da economia brasileira se dará com a reforma da Previdência. Para Avena, ela é condição necessária, mas não suficiente. Então, ele enumera outras ações: “estabelecer um plano para a redução e simplificação da carga tributária; aumentar a produtividade das empresas; investir na qualificação da mão de obra; reduzir os subsídios em todos os níveis; injetar dinheiro novo no sistema; ampliar a integração aos mercados internacionais; investir na ampliação da infraestrutura; reduzir ainda mais a taxa de juros; estimular a competição no mercado de crédito e abrir a economia para assim combater os oligopólios e cartéis que pululam por aqui”. Claro, as condições acima são também necessárias, mas também não suficientes. O que é suficiente é gerar um pacto entre o governo e as classes empresariais, para retornarem a investir, como fizeram, por exemplo, em 2007, quando mais de 70 grandes conglomerados de empresas abriram ou ampliaram seu capital na bolsa de valores paulista. Assim, elas atraíram mais outras empresas e se sentiram na obrigação de responder ao mercado acionário com mais produção.

Não se pode ficar iludido. É o grande capital que puxa a economia, através dos seus mega investimentos, que resultarão em grande produção e dinamização da economia.

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