16/06/2019 - EIXO DA ECONOMIA
Em entrevista à Miriam Leitão, no programa de TV Globo News, o
senador Jacques Wagner, referiu-se à presidente Dilma, que “não conseguiu
encontrar o eixo da economia”. Na verdade, ela detonou o eixo da economia e
colocou o País na situação em que está: forte recessão, a segunda maior já
registrada (a primeira, por poucos décimos foi a dos anos de 1980), seguida de
elevação da inflação, para fora do centro da meta, mais o viés de alta, e
desequilibrou o câmbio flutuante, que passou a crescer. Ainda no seu primeiro
mandato, em 2014, enganou a quase todos, de que o País não estava em recessão,
mentindo para ganhar a eleição, quando grande número de cidadãos via que a
economia tinha ingressado em recessão, no segundo trimestre de 2014, fechando o
ano com déficit primário, depois de 18 anos de superávit primário, na era pós-Plano
Real. Além do mais fez “pedaladas fiscais”, ferindo a lei de responsabilidade
fiscal, pelo que foi retirada da Presidência.
Quer dizer, Dilma quebrou o tripé da economia, ou, eixo, como quer dizer
Wagner, que se assentava no superávit primário, sistema de meta de inflação e
câmbio flutuante de equilíbrio. Michel Temer, que a substituiu em meados de
2016, passou dois anos e meio restabelecendo o câmbio e a inflação, no que
logrou êxito. Porém, não conseguiu restabelecer o superávit primário. Sem ele,
o País passou a investir menos em infraestrutura e Temer a retirou da recessão,
para deixá-la praticamente estagnada. A propósito, a revista Exame realizou
seminário em maio, que reuniu 11 governadores, perante um público de
investidores e executivos de empresas. Em suma, a revista Exame, datada de
12-06-2019 pontuou: “Para deixar o atraso na infraestrutura, o Brasil
precisaria de investimentos de 8,7 trilhões de reais, nos próximos 20 anos”.
Isto representa 150% do PIB, atual. É um dinheirão e isso explica porque a
economia não cresce mais, dado que é o investimento em infraestrutura que atrai
o investimento privado. O fórum Exame referido foi justamente para atrair
parcerias público-privadas, revelando os principais gargalos da economia e
áreas de maior rentabilidade possível.
A oposição, liderada por Wagner, nas palavras de Miriam: “Ele
diz que o governo Bolsonaro não definiu ainda qual é o projeto para o Brasil,
nem o caminho pelo qual vai retirar o País da crise”. Tem razão. Porém,
Bolsonaro inova em política e, provavelmente, fará um pacto social e com
grandes empresários, para o Brasil voltar a crescer. O Brasil cresce muito
pouco. Porém, encaminhou a reforma da Previdência, que poderá ser aprovada,
seguida da reforma do ambiente geral dos negócios e da reforma tributária.
Oxalá possa ganhar as confianças dos consumidores e de investidores.
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