24/06/2019 - EM CINCO ANOS RENDA DO TRABALHADOR CAIU ATÉ 16%




Exame da LCA Consultores, perante a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua do IBGE, publicada no jornal Estado de São Paulo de hoje, concluiu que grande parte dos trabalhadores brasileiros perderam 16%, em cinco anos, em termos reais (ganhos nominais descontada a inflação). Nestes anos nos quais está havendo déficit primário, instalou-se uma crise econômica que tem levado a perdas gerais, quando tomadas às estatísticas do primeiro trimestre de 2014, ainda sem recessão, para o primeiro trimestre de 2019, quando, daquela época, em diante a economia entrou em recessão profunda, do segundo trimestre de 2014 até o último trimestre de 2016, estando praticamente estagnado o País a três anos, de 2017 a 2019.

Nestes anos, além de destruírem para muitos, 16% da renda dos trabalhadores formais, aumentou muito a informalidade. De nove segmentos da iniciativa privada catalogados pelo IBGE, cinco tiveram queda significativa de renda. De trabalhadores em alojamento em hotéis, pousadas, restaurantes ou vendedores de alimentos, da construção civil e dos transportes tiveram as maiores perdas reais, variando de 7,2% a 16,3%. Entre os trabalhadores da iniciativa privada somente aqueles da agricultura tiveram ganhos reais de 5,2% no mesmo período em tela. No grupo em que se encontram os servidores públicos o ganho real foi ainda maior, de 7,5%. Isto tomado em geral da pesquisa do IBGE. No caso do funcionalismo há muitas diferenças de ganhos e perdas, entre os funcionários federais, estaduais e municipais. Por exemplo, no caso do Estado da Bahia os servidores municipais e estaduais têm por volta de cinco anos sem reajustes. Imagine-se como não são as perdas de Estados encalacrados, tais como Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Minas Gerais?

Assim, tem crescido o número de escolarizados que desistem de procurar emprego. Por seu turno, 23% dos jovens nacionais não estudam e não trabalham. A queda na renda das famílias e o aumento da informalidade, sobretudo em segmentos produtivos ligados a serviços, principalmente nos já citados de alimentos e da construção civil foram àqueles mais prejudicados. Daquela época (2014) para cá, os desempregados formais dobraram em número. Mais de 6 milhões ingressaram no exército de reserva de mais de 13 milhões de postos de trabalho com carteira assinada. Para aqueles que pensam que a situação irá melhorar ainda não irá não neste ano. O Boletim Focus, traduzindo estimativas semanais de 100 entidades do mercado financeiro estimaram que, pela 17ª vez, o PIB deste ano será de apenas 0,87%. No início de 2019 eles estimavam que se aproximasse o incremento do PIB de 3%.

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