13/06/2019 - CAUSAS DA CAUTELA DO GRANDE CAPITAL




O nome grande capital se refere aos conglomerados empresariais. Os conglomerados são de forma horizontal, isto é, na semelhante linha de produção e, de forma vertical, indo, a montante, ao setor primário e, à jusante, ao setor terciário. Logo, ele proporciona geração de grandes números de empregos diretos e indiretos: a dinâmica e crescimento da economia.

Três das maiores multinacionais e também gigantes na economia brasileira, Fiat, General Motors e Mercedes Benz, baseadas na Itália, Estados Unidos e Alemanha, respectivamente, são três estrelas a iluminarem o caminho de milhares de empresas seguidoras, em matérias primas, em autopeças, em comércio e serviços, dentre outras atividades. Vieram a público dizer ontem que está muito difícil investir no Brasil. Claro, elas estão pleiteando incentivos materiais, fiscais e financeiros. Se elas investem o PIB cresce. Fato semelhante ocorre com os outros conglomerados da construção civil. De uma forma em geral, acredita-se que por cada emprego direto gerado em um dos dois conjuntos (montadoras e empreiteiras), dez empregos indiretos são gerados.  Veja-se o caso de construção de Brasília, uma cidade erguida em cinco anos, de 1956 a 1960. Não foi a toa que o lema de JK foi de “crescer cinquenta anos em cinco”.

No jornal Folha de São Paulo de hoje, artigo econômico trata de que “Montadoras veem país isolado e pouco atrativo para fazer investimento” (título). “Carga tributária, defasagem tecnológica e incertezas elevam riscos dizem executivos” (subtítulo). Inicia-se assim: “O isolamento do Brasil de mudanças globais no setor automotivo está tornando o País pouco atrativo para as grandes matrizes do segmento”.

Cita o referido jornal, o presidente da Mercedes Benz do Brasil, Philipp Schiemer: “Não estamos prestando atenção no que acontece no mundo. Os últimos anos foram bons para muitas empresas, mas os novos desafios de veículos autônomos, eletrificados, compartilhados, requerem investimentos fortes das matrizes”.

O cenário em que se colocam as grandes empresas é aquele de propor maior taxa de lucro, mediante incentivos governamentais. É máxima do capitalismo: “o capital vai para aonde é maior a taxa de lucro”. Logo, as causas de cautelas do grande capital são pela falta de condições objetivas de maximização de lucros.

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