28/05/2019 - PRODUTIVIDADE RURAL
Nos últimos trinta anos o Brasil deixou de ser um grande país
importador de alimentos para exportador. O grande esforço para proteger a
indústria, de 1930 a 1989, criou uma redução na participação industrial, de
27%, em 1987, para 11%, enquanto isso, a agropecuária, que tinha uma participação
deprimida no PIB, alcança hoje 24% do PIB. A pequena produção familiar
manteve-se em 10%. Ou seja, o setor agrícola é de mais um terço do PIB
nacional. Assim, houve a desindustrialização e a reprimarização do País. A
indústria diminuiu e a sua produtividade cresceu muito pouco nos trinta anos.
Já a produtividade rural não parou de crescer, conforme dados
da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), apresentados hoje pela Folha de
São Paulo. A safra agrícola subiu de 71,5 milhões toneladas para 237,7 milhões
de toneladas. Um incremento de 132%. Já a área de 42,2 milhões de hectares para
62,2 milhões de hectares. Uma elevação de 47%. Dessa forma, 181% da relação
entre os incrementos, demonstrando um grande avanço da produtividade geral na
agropecuária.
A produtividade agrícola, por produtos em quilos, conforme os
principais produtos, assim evoluiu de 1989 para 2019: arroz de 2.071 para 6.243
quilos por hectare; milho, de 2.025 para 5.524; soja, de 1.953 para 3.193;
amendoim, de 1.666 para 3.193; trigo, de 1.653 para 2768; algodão, de 595 para
2.646; aveia, de 1.146 para 2.228; feijão, de 452 para 1.042. A média por
hectare dos produtos acima de 1.692 para 3,768 quilos, de 1989 para 2019. A
produtividade de carne também subiu muito. Por exemplo, a carne de frango
saltou de 2,1 milhões de toneladas para 13,5 milhões. Uma elevação de 543%.
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