22/05/2019 - TERCEIRA REVOLUÇÃO VERDE
Em amplo estudo sobre o terceiro estágio revolucionário por
que passa a agropecuária brasileira, a revista Exame, datada de 15-05-2019, ano
53, no. 9, trata sobre “A próxima revolução verde”. Já em seu livro “Riqueza
Revolucionária”, Alvin e Heydi Toffler, sintetizam o termo “revolução” como “conhecimento”.
A primeira revolução para eles se deu na agricultura, quando foram gerados
excedentes e se iniciou as trocas mundiais. A segunda revolução verde se deu
com a modernização no campo. No Brasil, a partir dos anos de 1970, mediante
mecanização, pesquisas e desenvolvimento de produtos e insumos. A terceira
revolução verde ocorre neste século XXI, mediante robótica no campo, banho de
micróbios, manipulação genética e a internet das coisas.
Extraído da “Carta da Exame” do referido número, tem-se que: “Neste
meio século, vimos nossa agropecuária virar uma estrela global: somos os
maiores exportadores mundiais de açúcar, soja, café, suco de laranja, celulose,
carne bovina e de frango, para citar alguns itens. Esse sucesso se deve
exatamente à incorporação de novas tecnologias, boa parte desenvolvida aqui no
Brasil. Foi graças a instituições como a Embrapa e diversos centros de pesquisa
nacionais que conseguimos criar uma agricultura tropical cuja produtividade faz
brilhar os olhos de especialistas do mundo inteiro. De 1975 a 2015, a produção
brasileira de grãos mais que sextuplicou, com o aumento da área plantada de uma
vez e meia. Oferta de carne de frango foi multiplicada por 22. O rendimento
médio do arroz cresceu 315%. O Brasil passou de importador de alimentos a
potência agropecuária... Com área diminuta, menor do que a do Estado do Rio de
Janeiro, a Holanda é o segundo do mundo em valor das exportações de produtos
agropecuários (o Brasil é o quarto). Com inteligência no uso dos recursos escassos,
emprego intensivo de tecnologia e uma logística invejável, resulta que a
Holanda obtém uma receita de 114 mil dólares por hectare plantado – o Brasil
extrai 1100 dólares de área equivalente. Essa diferença não deve ser vista como
um revés, mas como indicador do muito que o Brasil tem a evoluir no
agronegócio. O mesmo alento é o que dá para sentir (com) ... A perspectiva é
que a fonte solar se torne a principal na matriz energética brasileira da
década de 2040”.
Enquanto a indústria.4 está na frente tecnológica, no mundo, a
agropecuária brasileira caminha a passos largos para alcançá-la ao nível
mundial. Aqui no Brasil, a agropecuária já na sua terceira fase, visto que
ficou até os anos de 1950, na primeira fase, só nos anos de 1970, iniciou a
segunda fase. Agora, na terceira fase está ultrapassando a indústria
brasileira, ainda na sua terceira fase (somente 10% das indústrias nacionais usam
robôs), em direção à agropecuária.4 no Brasil.
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