11/05/2019 - PESSIMISMO TRAÇADO PELA FOLHA
O jornal de maior circulação do Brasil, a Folha de São Paulo,
é inimigo do presidente da República, Jair Bolsonaro, que, em campanha das
eleições do ano passado, disse que iria destruí-lo. No jornal, desde o início
da guerra, primeiro dia do mandato, tem sido mais hostil em suas manchetes. A
de hoje é: “Pessimismo com a economia marca projeções para 2019”. Nada de novo,
porque ele torce para que o governo de Jair não dê certo, nada obstante grande
parte da população está sendo infelicitada, pela falta de retomada. Vai-se
colocar aqui o intróito daquele jornal e a análise à luz dos conhecimentos da
teoria econômica. “Bancos reduzem estimativas de crescimento e esperam
desempenho em torno de 1%, como nos dois últimos anos. Após um período de
otimismo com o governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL), analistas começam a
recuar e já prevêem um ano perdido para a economia em 2019. O Bradesco, segundo
maior banco do País, revisou sua posição de crescimento para 1,1% - um corte de
0,8% - em apenas um mês. Em abril, os bancos Santander e Itaú também cortaram
suas estimativas para 1,3%. Indicações são de que o cenário pode piorar... O
PIB do trimestre será divulgado pelo IBGE no final de maio. A projeção é que
ele tenha caído 0,2%”.
Em primeiro lugar, o pessimismo decorre do fato de que
Bolsonaro não começou seu governo como os outros presidentes. Ou seja, não ofertando
cargos, comprando congressistas, participando de ladroagem, compadrio e uma
série de outros subterfúgios prevalecentes no País. À luz da teoria, a equipe
econômica procurou manter as duas pernas do tripé, restabelecidas por Michel
Temer, qual sejam sistema de (1) meta de inflação e (2) câmbio flutuante.
Porém, o (3) déficit primário continua e este tem sido a causa principal de nem
Temer, nem Jair, até agora, ter feito o recomeço da economia. O ponto 3, em
referência, será desatado pela reforma da Previdência e pelas privatizações. Em
sequencia virão as outras reformas, tais como a tributária e a melhora do
ambiente geral dos negócios.
Em segundo lugar, o otimismo que existia, de crescer o PIB
3%, veio recuando, pela demora de implantar-se o ajuste fiscal, qual seja
voltar a ter superávit, para que o governo volte a investir em infraestrutura e
atrair novas inversões privadas. Agora, embora a popularidade dele venha
caindo, ainda 6 em cada 10 brasileiros acreditam que a reforma da Previdência é
necessária. Cresce a convicção de que ela será aprovada. Está lento o processo
porque Bolsonaro abandonou o processo de “toma lá, da cá”, que era imperante no
Congresso. Ela precisa ser desatada e há consenso no mercado, em geral, de que
as outras reformas virão, em seguida.
Em terceiro lugar, as trapalhadas de Jair têm prejudicado a
confiança no seu governo. Porém, a equipe econômica ainda tem credibilidade.
Bola para frente.
O fato é que se está vendo um governo diferente de todos os
outros, onde o Congresso parece ter mais poder do que o Executivo. Ou seja, um
amadurecimento político semelhante ao europeu, em direção ao parlamentarismo (?).
Logo, o desempenho da economia tem sido lento, o que não é desejável, mas o que
se alcançou até agora. As cartas estão dadas, só não se sabe quando começará a
retomada. Porém, sabe-se que, se aprovadas as reformas estruturais, ela virá.
Se não, voltará a recessão, sem que a economia tenha retornado ao valor do PIB
de 2013. Seria um país de maior população e mais pobre.
Quanto ao pessimismo em tela, ele veio primeiro por
divergências ideológicas e, em segundo, por divergência de interesses econômicos
(a retirada da propaganda oficial e, aí, a rede Globo foi mais atingida do que
a Folha), do que por bases econômicas reais necessárias da sociedade civil.
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