20/05/2019 - EMPRESAS NEGOCIADAS EM BOLSA NÃO VEEM CRISE
No Brasil são poucas as empresas de capital aberto com ações
negociadas em bolsa. Das 63 empresas que participam do pregão da bolsa de
valores de São Paulo, em suas publicações do balanço do primeiro trimestre,
nenhuma se refere a que o País voltou à um PIB bem menor do que projetado.
Ignoraram, nas suas demonstrações contábeis, a piora nas perspectivas da
economia brasileira. Em seus exames, 37
empresas (59%), não se referiram a problemas macroeconômicos e que as
dificuldades estão sendo superadas. Na verdade, permaneceram neutras. Expressaram-se
18 (29%) como firmas pessimistas. Declararam-se 8 (13%) otimistas,
destacando-se o Banco do Brasil e o IRB.
O Índice da BOVESPA rompeu a faixa de 100 mil pontos.
Entretanto, recuou e hoje está por volta de 89 mil pontos, bem distante daquela
estimativa de muitos analistas do mercado de ações, de que logo chegaria a 140
mil pontos. No início do governo o otimismo era grande. Contudo, os reveses do
presidente no Congresso e a sua forma de governar como um outside dos poderes está
levando a descrença crescente.
As projeções do boletim Focus estavam no início do ano perto
de 3% de incremento do PIB. Na semana passada, a mediana dos cerca de 100
analistas consultados foi de 1,45%. Por seu turno, a confiança dos setores
produtivos vem caindo. O indicador de confiança da indústria está em 98 pontos;
a do comércio em 97 pontos; o do setor de serviços está em 92 pontos; a do
consumidor em 89 pontos. A variação do índice é de zero a 200. Nenhum indicador
supera os 100 pontos. Não chegam à metade.
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