30/06/2017 - CORRUPÇÃO EXPOSTA REDUZIU INVESTIMENTO




Conforme artigo recente, feito neste espaço, o investimento tem recuado nesta década de menos de 20% para 15% e recuará ainda neste ano 0,6%, consoante estudo da tendência Consultoria, publicado recentemente pela revista Exame. A corrupção exposta desde o chamado esquema do “mensalão”, após denúncias do deputado federal Roberto Jefferson, da base aliada do primeiro governo do ex-presidente Lula (2003-2006). Foi desenvolvido um modelo de compra de votos de congressistas, para formar o governo de coalizão do governo do PT com o PMDB, mais outros partidos menores, que somente foi julgado em 2012, quando 25 dos 40 réus foram condenados em ação penal, sendo então presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa. Ficou evidenciado que havia sido montado um esquema de corrupção sistêmica, quando antes somente havia corrupção em órgãos isolados, isto porque a corrupção assim orquestrada não parou por aí. Ampliou-se pelo território nacional. Depois de deflagrada a operação Lava Jato, quando ficou exposta a Petrobras, do maior sistema de cartel de 29 empreiteiras, atuando em suas obras, o fio da meada foi puxado, havendo desvios de recursos e de finalidades, em quase todas as grandes obras públicas federais, centenas delas. Várias investigações estão sendo conduzidas desde então pela Polícia Federal nesse novelo de corrupção.

A exacerbação do citado processo ocorreu no segundo governo da ex-presidente Dilma, que caiu também porque efetuou vários equívocos, reforçando a desconfiança empresarial em 2016.. A situação ficou bastante evidente, a partir de 2014, marcando o início da maior história da recessão no Brasil. Portanto, o governo do presidente Michel Temer herdou um sistema que não foi fundado por ele. Entretanto, dele participou, segundo denúncias contidas nas delações premiadas do grupo JBS, que levaram ao Procurador Geral da Republica a denunciar o primeiro caso de um presidente a ser acusado por corrupção passiva, no exercício do poder.

Em recente visita do presidente brasileiro  à Noruega, a primeira ministra Erna Solberg não poupou palavras de que o empresariado do seu país estava receoso de investir no Brasil. Enfim, os jornais registram que os políticos brasileiros tem uma péssima reputação, visto que a maioria deles estão denunciados em escândalos. A expectativa internacional é de que o Brasil faça as reformas estruturais, quiçá a política, coloque a lei anticorrupção para funcionar, que eles retornarão em ambiente de confiança. O problema é que um presidente fraco e denunciado não gera confiança e as expectativas são de que este ano provavelmente não haverá crescimento ou de um pequeníssimo crescimento. No ano que vem ainda pequeno crescimento. Ademais, a expectativa é de que com o novo presidente (2019), o Brasil volte a crescer a taxas mais elevadas.

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