11/06/2017 - INFLAÇÃO DE MAIO
O IBGE divulgou a inflação de 0,31% de maio último. Em maio
de 2016 o IPCA foi de 0,78%. Ela mais do que dobrou em relação a abril, que
fora de 0,14%. Porém, veio abaixo do esperado pelos analistas de mercado. Um
fator pontual foi a correção no preço da conta de luz, alta anual de 8,98%. Em
12 meses, o IPCA registra alta de 3,6%, bem abaixo do centro da meta do Banco
Central de 4,5%. É a menor variação acumulada desde maio de 2007. A inflação
está em queda por que a atividade econômica está muito fraca, não obstante uma
grande safra de alimentos. Citado grupo alimentício registrou deflação de 0,35%,
embora em 12 meses esteja em 2,36%.
Perante a alta de maio, em cinco meses, a taxa inflacionária
acumulada é de 1,41%, resultado bem inferior ao dos cinco meses de 2016, que
ficou em 4,08%.
Por que a economia brasileira não reage, crescendo? Desde outubro
do ano passado que o Banco Central vem reduzindo a taxa básica de juros, a
SELIC. De 14,25% para 10,25%. Ou seja, 4% é muito. Mas, ainda não foi
suficiente. A SELIC sozinha não irá reativar o aparelho produtivo. Mediante a
inflação de 3,6%, os 10,25% ainda permite ganho real muito alto, por volta de
6% anuais. Os empresários estão esperando que a SELIC baixe mais ainda, além de
aguardarem as reformas estruturantes prometidas e das reformas microeconômicas.
Ademais, os escândalos de corrupção continuam e os acordos de leniência estão
sendo feitos a passos de cágado. Os novos contratos deverão conter as cláusulas
que façam com que as empresas produzam com ética e responsabilidade social.
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