22/06/2017 - SINAIS DE RECUPERAÇÃO




Após divulgação de que em maio houve criação de emprego de uma forma líquida, depois também da divulgação do resultado positivo em abril, o Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles afirmou que “há sinais de recuperação da agricultura, indústria, varejo e serviços”, muito embora em doze meses haja um fechamento de 853.665 postos de trabalho com carteira assinada. Referido ministro confirma as previsões do governo federal de recuperação gradual do emprego, considerando natural que a economia demande tempo para atingir o nível de emprego desejado.

Os investidores estão retraídos porque querem as reformas estruturais. Observam a reforma do teto dos gastos, no sentido de ver a redução do déficit primário. Querem a reforma trabalhista porque se verão fortalecidos na relação capital/trabalho. Embora a primeira votação do governo federal em que ele perdeu naquela comissão, no dia 20 passado, a União crê que a reforma trabalhista será aprovada no plenário. Ademais, está também sendo encaminhada a reforma da Previdência Social também do mais amplo interesse da classe capitalista. Nos bastidores eles continuam lutando pela reforma tributária, que, provavelmente se verá fatiada e pelas reformas microeconômicas para melhorar o ambiente geral dos negócios. Ao nível do sistema financeiro, o BNDES examina uma linha de crédito mais favorável para as pequenas e médias empresas. Já o Banco do Brasil analisa uma linha de crédito para os microempresários. O incentivo ao consumo dado pelos saques das contas inativas reduziu o estoque de recursos do FGTS. A Caixa suspendeu temporariamente a linha de crédito Pró-cotista, a segunda mais barata, com taxas de juros por volta de 8% ao ano. A mais barata é o do programa Minha Casa Minha Vida, mediante juros em torno de 5% anuais. Restou a linha de crédito do SBPE, por volta de 9% ao ano. O Ministério das Cidades não reforçou o caixa do Pró-cotistas por que a Caixa não pediu. Talvez tenha que pedir porque é grande o número de solicitantes de recursos para financiamento imobiliário. Conforme a taxa de juros SELIC ainda tenha espaço para cair, o sistema financeiro propugna por reduzir também a taxa do crédito imobiliário do SBPE. A inflação caindo, a SELIC caindo, chegará ao ponto em que a taxa real de juros deixará de ser tão atrativa, fazendo com que os capitalistas saiam do mercado financeiro, desengavetem projetos e voltem forte ao setor produtivo.

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