01/06/2017 - NÃO HÁ PLANO B COM TEMER
O Plano A de Michel Temer ainda não decolou e tem mais de um
ano. Um pouco mais de outro tanto para terminar e o presidente diz que não tem
Plano B, no Fórum de Investimentos Brasil 2017. Pelo visto, em cerca de dois anos
o Brasil ficará condenado a uma economia estagnada ou crescendo muito pouco,
depois de três anos de forte recessão. Meia década de enormes dificuldades como
nunca antes vista. Temer seguiu a economia ao fundo do poço e ao vê-la sair,
mas sem emergir. Acredita nas reformas estruturantes, tais como a aprovação do
teto dos gastos públicos, na reforma trabalhista e na reforma previdenciária.
No Fórum, o Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles afiançou: “Não vemos hoje,
no País, condições ou pessoas que estejam vivendo uma crise”. Mas, também ele
não antevê um retorno ao firme crescimento. Falta algo novo. Um Plano de
Desenvolvimento. Nem mesmo o Programa Avançar, que seria uma proposta de
investimentos até final de 2018 foi lançado.
Enquanto isto o desemprego brasileiro atinge 13,6% da
População Economicamente Ativa de cerca de 103 milhões, conforme o IBGE. Tem-se
hoje perto de 14 milhões de cidadãos em desemprego, mesmo que tenha tido
carteira de trabalho assinada. Quantos outros estão em subemprego, desemprego
disfarçado ou não tem aspirado ao trabalho? Provavelmente mais de 10 milhões,
como já afirmou anteriormente o IBGE. Recorde atrás de recorde da infelicitação
econômica.
Em 12 meses do governo de Temer a taxa de desemprego cresceu
de 11,2% para 13,6%. Foram mais de 2,6 milhões de desempregos abertos. Um
incremento de 23,1%. Ou seja, eram 11,4 milhões de desempregados com carteira
assinada em maio do ano passado. Agora são 14 milhões.
Enquanto isto, ontem, pela sexta reunião de cerca de 45 dias
cada, em seguida, O Banco Central baixou a taxa básica de juros, para 10,25%
anuais, em 1%. Quando começou a sequência a SELIC estava em 14,25% ao ano. Ou
seja, em 4%. Trata-se do menor nível da SELIC, que estava em 10%, em janeiro de
2014. Os diretores do Banco Central sinalizaram por menores taxas nas próximas
reuniões.
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