02/6/2017 - COMPETITIVIDADE PIORA E PIORA
Competição é o nome que define ganhador. Porém, o que muitos
não querem admitir é que existe perdedor.
A teoria econômica mostra que antes de tudo ingressa uma firma no
mercado (físicas ou jurídicas ou ambas, não importa). A firma está ganhando.
Logo atraí outra ou outras, em busca de também lucrar. Quem perde, sai do
mercado. Quem fica vai se aperfeiçoando, em busca de maior lucro. O incremento
dele é a produtividade. Este é o capitalismo, que tem como regra de ouro: o
capital vai para onde é maior o lucro. A concorrência é a sua dinâmica.
Assim, pelo sétimo ano consecutivo, o Brasil vem perdendo
posição no exame mundial do International Institute for Management Development
(IMD), em parceria com a Fundação Dom Cabral. No ano passado, o País apareceu
no 61º lugar (sua pior aparição até aqui). No ano passado ocupava a 57ª
posição. Em suma, seu melhor ano (e primeiro da pesquisa) foi 2010, quando o
País cresceu 7,5%, chegando à 38ª colocação. Em sete anos perdeu 23 posições,
num ranking de 63 nações avaliadas.
A síntese da pesquisa revelou paradoxos, tais como o
crescimento da eficiência empresarial e diminuição do nível de emprego; queda
nos investimentos da infraestrutura e elevação do ingresso de capital
estrangeiro. Isto talvez porque a recessão estava chegando ao fim e a situação
é de potencial recuperação. A síntese da queda está na piora do ambiente geral
de negócios, em linha com a classificação do Banco Mundial, doing business, que
classificou o Brasil em 2016 no 113º lugar e em 2017 o classifica em 123º,
consultando dados de 190 países.
Da classificação IMD/Dom Cabral se percebe a seguinte ordem,
na cabeça: 1º Hong Kong (que é da China); 2º Suíça; 3º Cingapura; 4º Estados
Unidos; 5º Holanda; 6º Irlanda; 7º Dinamarca; 8º Luxemburgo; 9º Suécia; 10º
Emirados Árabes. Na rabada: 60º Ucrânia; 61º Brasil; 62º Mongólia; 63º
Venezuela.
Da classificação do Banco Mundial: 1º Nova Zelândia; 2º
Cingapura; 3º Dinamarca; 4º Hong Kong (pertence a China); 5º Coréia do Sul; 6º
Noruega; 7º Reino Unido; 8º Estados Unidos; 9º Suécia; 10º Iugoslávia. Na
rabada: 187º Venezuela; 188º Líbia; 189º Eritréia; 190º Somália.
Não obstante o quadro péssimo da competitividade no ano
passado, que inclusive contribuiu muito para a recessão, eis que, após 8
trimestres negativos do PIB, o Brasil voltou a crescer no primeiro trimestre
deste ano, por volta de 1%, em relação ao quarto trimestre de 2016. Porém, está
muito devagar o reingresso, visto que estão difíceis de realizar as reformas,
tanto micro como macroeconômicas.
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