07-06/2017 - 11º LUGAR EM HOMICÍDIOS




O Brasil não está em guerra aberta há muito mais de cem anos. No entanto, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o País ocupa o 11º lugar.  Dessa maneira, existe uma guerra velada, latente, no País. A OMS é órgão da Organização das Nações Unidas, que calculou que foram assassinadas 475 mil pessoas por ano, consoante dados de 2015, nestes dez anos, em média. Deste total, 80% são homens. Por sua vez, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) destacou que no Brasil aconteceram 59.080 homicídios em 2015. Assim, correspondeu a 12% do total. No País houve um incremento de 10,6%, desde 2005. Conforme as estatísticas usadas, apenas 111 cidades dos 4.565 municípios, pouco mais de 2%, concentraram metade dos homicídios, sendo que os habitantes desses locais representaram apenas 19,2% da população brasileira. Ademais, mais de 10% dos municípios brasileiros, por volta de 557, concentraram 76,5% do total de assassinatos.

As ocorrências de crimes se aprofundaram na região mais pobre do Brasil, no Nordeste e diminuíram na mais rica, no Sudeste. No Nordeste o sistema de oportunidades de emprego se estreitou e a vagabundagem contribuiu muito para a violência. O contrário ocorreu no Sudeste, além de lá terem sido instalados sistemas de repressão e de inteligência policial com mais eficácia. Dessa forma, entre as trinta regiões mapeadas pelo IPEA, 19 estão no Nordeste. Entre estas se destaca o estado da Bahia, contendo o maior número de cidades entre as mais violentas. Das 19, possuía 9. Entre as dez maiores estão 4 da Bahia. Por ordem de 1º ao 10º municípios mais violentos: Altamira (PA), Lauro de Freitas (BA), Nossa Senhora do Socorro (SE), São José de Ribamar (MA), Simões Filho (BA), Maracanaú (CE), Teixeira de Freitas (BA), Piraquara (PR), Porto Seguro (BA). Em primeiro lugar está a cidade da região Norte, onde está sendo construída a usina hidrelétrica de Belo Monte. Em quase todas referidas o avanço da urbanização rápida, a ausência de melhor infraestrutura e a oferta de oportunidades menor do que a desejada tem sido a tônica.

Não obstante a taxa de homicídios tenha crescido no mundo, a expectativa de vida também aumentou para a média de 71,4 anos. No Brasil essa taxa subiu para 75 anos.

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