12/06/2017 - JBS REDUZ ABATE



No dia 17 de maio veio a lume a delação premiada dos donos e diretores do grupo JBS. Todos os partidos estão envolvidos, à exceção do PSOL e PSTU. Quase 1.900 políticos estão arrolados, inclusive, o presidente da República. À quase um mês os efeitos devastadores estão ocorrendo. Consta que muitos capitalistas, que tinham retirado do armário seus projetos, voltaram a engavetá-los. Os irmãos Batista foram morar em Nova York e não passaram nem um dia na cadeia. Tratamento diferente com grupos tão grandes como a Odebrecht e OAS que tem dirigentes presos e condenados.

A pecuária nacional já vinha sofrendo com a Operação Carne Fraca, acerca de irregularidades em frigoríficos brasileiros, tendo afetado as exportações de proteína animal. Agora o grupo JBS alterou as negociações com os pecuaristas que lhe forneciam 70 mil bois diários. Está comprando menos cabeças e pagando com 30 dias. Antes o pagamento era à vista. A nova sistemática se dá via emissão de uma nota promissória rural. Os pecuaristas, por seu turno, não conseguem descontar o título, vez que o sistema bancário está cauteloso com novos negócios com a JBS. Grande número deles não possui capital de giro na nova situação.

A credibilidade do principal grupo de carnes brasileiras está muito abalada e pecuaristas abonados não querem vender a ele se não for à vista. Como resultado imediato se tem a redução do abate diário.
Assim, há um excesso de oferta de bois, os preços têm caído. O preço da arroba já acumula queda de 5%. Por seu turno, os maiores rebanhos estão na região Centro Oeste que não têm frigoríficos adicionais Para fazerem o abate comum.

Enfim, muita coisa ainda irá acontecer com as falcatruas que eram perpetradas pela JBS. É mais um escândalo que prejudica enormemente a recuperação da economia.

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