10/06/2017 - LEVANTAMENTO SISTEMÁTICO DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA




Repete-se aqui o tema de ontem: a agropecuária. Isto porque a cada momento histórico de análise ela cresce. O IBGE realiza todo mês um Levantamento Sistemático da Produção Agrícola, mediante previsão do que será colhido de junho a setembro, relativo à chamada safra agrícola referente ao período de julho a junho de cada ano, data base de financiamento e definição de plantios e colheitas. A previsão em maio cresceu novamente ficou em 238,6 milhões de milhões de toneladas, referente a uma elevação de quase 30%, em relação à safra anterior (2015-2016). Se o financiamento crescerá 10% para o Plano Agrícola, como visto ontem aqui, de quanto será a alavancagem se no período anterior cresceu 30%? Que alavancagem terá não resta dúvida, a não ser que as chuvas não venham. Porém, a agricultura de grandes propriedades tem sua maior parte irrigada. Logo, continuará crescendo a sua produção e produtividade.

Da safra prevista, o Estado do Mato Grosso corresponderá a 25%; Paraná, 20%; Rio Grande do Sul, 16%. Só nesses três Estados se tem mais de 60% da produção prevista. O grupo de cereais, leguminosas e oleaginosas englobam as produções de arroz, milho, aveia, centeio, cevada, sorgo, trigo, triticale, amendoim, feijão, caroço de algodão, mamona, soja e girassol. Somente a produção de soja, de 114 milhões de toneladas de grãos corresponde a 48% do total.

Sabe-se que a fronteira agrícola do Brasil ainda não chegou a um terço do seu potencial. Não sem motivo o Brasil vem sendo considerado o celeiro do mundo futuro. A questão é desenvolver a política econômica integrada dos setores produtivos, visando manter o equilíbrio do sistema econômico.

Devido a essa opulência referida, cada vez mais se fala menos em reforma agrária. Agora, cada vez se fala mais de reforma trabalhista e reforma previdenciária, deixando implícita a reforma tributária. São reformas capitalistas.

Na medida em que Michel Temer dá mostras de que ficará até o final, sua equipe econômica continua se referindo ao fato de que os riscos de atraso não trarão problemas para a economia que voltou a crescer ainda que aos poucos, puxada principalmente pela agropecuária.

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