26/02/2017 - ENFOQUE ESTRUTURAL
A economia pode ser vista sob o ponto
de vista conjuntural ou estrutural. Isto é, no curto ou no longo prazo. A
rigor, no Brasil, quem deveria cuidar do curto prazo seriam o Banco Central e o
Ministério da Fazenda. No longo prazo, o Ministério do Planejamento. Não sem
motivo, os três presidentes de referidos órgãos são os componentes titulares do
Conselho Monetário Nacional. Órgão máximo de política econômica, que toma
decisões estratégicas e sem avisar. No curto prazo, acompanham-se preços,
produção, juros, moeda, câmbio, diariamente. No longo prazo, realizam-se
estratégias para a infraestrutura, a estrutura e a conjuntura. Coube a Adam
Smith (século XVIII), o clássico, pai da economia, estabelecer as leis gerais
da economia funcionando de forma liberal. O maior intérprete da economia, o
clássico Karl Marx (século XIX) lhe contrapôs, ao definir as leis sociais do
capitalismo, de que a intervenção governamental altera o liberalismo. Para ele,
a infraestrutura, passa pela estrutura e determina a superestrutura. Ou seja,
os capitalistas vêm da infraestrutura, aqueles que criaram as empresas
(estrutura) e determinam a superestrutura, conjunto de instituições,
constituição e políticos. John Maynard Keynes (século XX), o maior dos
neoclássicos, afirmou que por trás de um político tem sempre um economista
morto. Vale dizer, o político faz o que o capitalista lhe ordena. No longo
prazo, são realizados os planos econômicos de natureza estratégica.
Em muitos artigos aqui se valorizou a
gestão dos oito anos de Lula, por que a economia cresceu 4% em média anual.
Lula saiu do governo com a segunda popularidade da história, só perdeu para
José Sarney, quando ele realizou o Plano Cruzado. Ainda lembram bem os
brasileiros de Lula. Ele tem crescido nas pesquisas para a eleição presidencial
de 2018, agora com 30%, colocando muito longe dele os outros candidatos, tais
como Aécio Neves, Marina Silva, Jair Bolsonaro, dentre outros. A queda de Dilma
não foi da lambança capitaneada pelo PT, comandada principalmente por Lula, mas
o desastre econômico da gestão dela, que colocou o País na sua maior recessão
da história, conforme as estatísticas do IBGE, que começaram em 1901, no período
de 2011 a 2016, o crescimento médio da economia brasileira foram míseros 0,25%
em média anual. Três exemplos dos erros de Dilma: (1) Interferiu no Banco
Central, que reduziu a taxa de juros de 11,25% para 7,25% anuais, quando a
inflação estava em ascensão; voltou atrás e a trouxe para crescer até 14,25%. A
economia entrou em recessão. (2) Em 2012, em pela crise hídrica, reduziu os
preços da conta de energia elétrica em 20%. Depois, em 2015, teve de elevá-las
em torno de 50%. Elevou a inflação sobremodo e desorganizou o setor elétrico.
(3) Fez gastos muito acima da arrecadação, traduzindo-se em déficits primários,
já no quarto ano consecutivo. Quer mais? Aqui só se escreve uma página.
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