03/02/2017 - RECUPERAÇÃO GANHO FÔLEGO
No dia 03-02-2007, a coluna se intitulava “Bancos privados”. Trazia uma declaração do presidente do Bradesco e da Federação Brasileira de Bancos, Marcio Cipriano, reportando-se principalmente ao PAC, reclamando do governo pela sua intervenção na economia, seja via sistema financeiro, seja via investidores privados.
Na ordem do dia, sabe-se que a rota de recuperação atual é
lenta. Dá-se por melhoras nas confianças dos agentes produtivos; na produção
industrial, que se elevou 2,3%, em dezembro, em comparação com novembro, embora
a indústria recuasse 6,6% em 2016, contra 8,3% em 2015, fazendo uma queda de
20%, desde o final de 2013; na reação da bolsa de valores, que cresceu 7,67% em
janeiro, tendo ingressado em janeiro US$6 bilhões na BOVESPA; na redução
inflacionária, de 10,67% em 2015, para 6,29% em 2016; na redução da taxa básica
de juros mais acentuada em janeiro (de 0,75%) e com perspectiva anunciada de
quedas substanciais nas próximas reuniões do BC; na elevação de 0,5% no
rendimento médio nacional, em dezembro, descontada a inflação. Por seu turno, a
confiança da indústria subiu de 85,7 para 89 pontos, de julho de 2016 para
janeiro de 2017. A melhora na confiança dos consumidores cresceu de 76,5 para
79,3 pontos, no mesmo período. Referido indicador para o setor de serviços
subiu de 75,2 para 80,4 pontos. No entanto, os indicadores ainda estão em
patamares baixos. Quando atingir 100 pontos voltará o otimismo.
O Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, durante evento em
São Paulo, do Banco Credit Suisse, afirmou que a economia brasileira deverá
sair da recessão no primeiro trimestre deste ano. Uma recuperação moderada, mas
em trajetória de crescimento. Ele, como não deveria deixar de ser, aposta em
incremento de 2% do PIB em 2017. O Bradesco e o Itaú apostam em 1%. Já o
mercado, consultado pelo BC, em 0,5%. Meirelles afirmou que “o Brasil já no
começo deste ano entrará numa rota de crescimento sustentado e sustentável”.
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