07/02/2017 - EXPECTATIVAS DO COMÉRCIO E DA INDÚSTRIA




A Escola de Comércio FECAP, em São Paulo, acompanha o segmento varejista através do núcleo de conjuntura econômica. Seu coordenador, Erivaldo Vieira, mostrou que o Índice FECAP de Expectativas, passou de 116,3 pontos, em janeiro de 2015, para 71,69, em janeiro de 2016 e voltou para 101,21, em janeiro de 2017. O regresso para além de 100 pontos foi saudado pelas redes de varejo, que se surpreenderam com os negócios de dezembro, que foram melhores do que o esperado. Por seu turno, a FECOMÉRCIO do Rio de Janeiro, que realiza pesquisas em seis capitais e em mais 64 cidades, revelou que subiu de 20% para 33%, o número daqueles que acreditam que vão melhorar as vendas; o número daqueles que acreditam que vai ficar como está diminuiu de 43% para 38%; o número daqueles que creem que irá piorar caiu de 38% para 29%, conforme os Índices FECOMÉRCIO de 2016 em relação a 2017. Em ambas as instituições de pesquisa, as causas são de uma inflação mais controlada, declinante e no acerto da redução sequencial na taxa básica de juros.

Um passo importante para o retorno do crescimento foi também dado ontem, quando o governo federal fixou a meta de contratar em 2017 cerca de 610 mil unidades habitacionais no Programa Minha Casa Minha Vida. Houve aumento do limite de renda, elevação das faixas, agora em número de quatro, até R$9.000,00 da renda familiar. O valor do teto dos imóveis subiu para R$240.000,00, no Distrito Federal, São Paulo e Rio. Nos demais Estados o teto é menor. As mudanças ampliam em R$8,5 bilhões o volume de recursos. A maior parte dos subsídios de R$1,2 bilhão sairá do FGTS. Outro passo largo vem das montadoras de automóveis. Depois de reduzirem fortemente os estoques em 2016, cujas vendas recuaram 5,2%, muito embora as exportações crescessem 47,9%, sentem agora que o seu segmento irá reagir, dados aos pedidos das redes de concessionárias e dos R$40 bilhões que irão ser sacados do FGTS, quando grande parte poderá vir para a compra de automóveis. A produção em janeiro subiu 17,1%, além de pretenderem ampliar as exportações.

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