20/02/2017 -SEMIÁRIDO DESLANCHE DE ENERGIA SOLAR E EÓLICA




O fenômeno das secas ocorre numa poligonal, composto de nove Estados do Nordeste brasileiro, Alagoas, Bahia, Sergipe, Pernambuco, Paraíba, Ceará, Rio Grande do Norte, Piauí, Maranhão, mais o Norte de Minas. O Polígono das Secas abrange mais de 20% dos municípios nacionais (1.135), ocupando 18,2% do território (982.566 km2), abrigando por volta de 11,84% da população do País, 24 milhões de cidadãos, sendo 63% residentes nas cidades e 37% na área rural. Na faixa etária de 0 a 17 anos, crianças e adolescentes, encontram-se 42% da população. Dos nove Estados do Nordeste, metade tem mais de 85% das suas áreas sujeitas às secas. Em Minas Gerais a área do semiárido é 18% do total. Norte Mineiro e Vale do rio Jequitinhonha.

A existência de sol a pino tinha sido pouco usada, somente 0,02%, em 2015. Não obstante a forte recessão, de 2015 para 2016, a instalação de placas solares em telhados cresceu 322%. O potencial regional é de 180 gigawatts (GW). Neste ano, o Brasil atingirá 1 GW. Não é pouco, ainda mais que a importação de painéis, vindos da China, custando até 40% mais, devido aos impostos. A projeção para 2030 é de que a energia solar alcance 10% da matriz energética brasileira, conforme a Associação Brasileira de Energia Solar, que tem só 3 anos, congregando 190 empresas associadas.

O BNDES aprovou hoje financiamento de R$848 milhões (57%) para o complexo eólico Serra da Babilônia, no interior da Bahia, composto de 8 parques, para o grupo Rio Energy. O investimento é de R$1,48 bilhão, que proporcionará capacidade geradora de energia de 223,25 megawatts, o equivalente ao consumo de 480 mil residências. A produção baiana cresceu 54% em 2016, com 693 MW médios. O Rio Grande do Norte permanece como principal produtor de energia eólica no Brasil. A sua produção é de 1.206 MW médios. A Bahia ocupa a segunda colocação.

Dessa forma, o Nordeste se beneficia de fontes de energia limpa e renovável.

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