28/11/2016 - SUPERÁVIT EM OUTUBRO




Em outubro o setor público teve superávit de R$39,6 bilhões. O resultado só foi possível com o ingresso de R$46,8 bilhões de recursos repatriados. Foi o melhor resultado da série histórica, iniciada em dezembro de 2001. Trata-se da primeira vez desde abril que as receitas do governo superaram as despesas. Nos doze meses até outubro o déficit do setor público é de R$137,2 bilhões. De janeiro a outubro deste ano o déficit primário alcançou R$45,9 bilhões. Novembro e dezembro concentram quantidade significativa de despesas. O setor público consolidado reúne governo central, Tesouro, Banco Central e Previdência, mais Estados, municípios e estatais, com exceção da Petrobras e da Eletrobras, que teriam registrado déficit primário de R$5,5 bilhões. A dívida bruta do governo geral, compreendendo União, INSS, Estados e municípios, chegou a R$4,3 trilhões, em outubro. Isso representa 70,3% do PIB, uma elevação de 0,4% em relação ao mês anterior.

O Chefe Adjunto do Departamento Econômico do Banco Central, Fernando Rocha, informou que a dívida bruta cairá 1,6%, quando o BNDES antecipar os R$100 bilhões que deve ao Tesouro Nacional. O BNDES dispõe de R$523 bilhões de dinheiro da União em sua carteira. O valor representa 8,5% do PIB. Referido aporte de recursos não terá nenhum efeito na dívida líquida, visto que o dinheiro repassado ao banco entra na contabilidade da União como um ativo. Isto é, será descontado no endividamento líquido. No mês passado foram pagos R$36,2 bilhões de juros. A dívida líquida do setor público atingiu R$2,72 trilhões. Ou seja, 44,2% do PIB. A diferença entre a dívida bruta e a dívida líquida são as reservas externas.

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