14/11/2016 - CRESCIMENTO VOLTARÁ EM 2017
Pesquisa da consultoria Delloite, denominada Agenda 2017, com
746 empresas, de todas as regiões brasileiras, concluiu que elas pretendem
crescer em 2017, apesar de 2016 está sendo tão difícil quanto 2015, para o
setor produtivo. A melhora na perspectiva fez com que 31% das empresas pretendam
contratar novas pessoas em 2017. Já 41% pretendem contratar profissionais mais
qualificados.
No balanço de seis meses da gestão de Michel Temer, a equipe
econômica vem reiterando que o crescimento econômico retornará em 2017. Porém,
não mais de 1,6%, conforme proposta do orçamento anual, mas de 1%. Perante as
dificuldades em elevar as receitas e em querer reduzir os gastos públicos, para
obter superávit fiscal, Temer vê-se em cenário de apertos. A operação Lava Jato
está ingressando na fase da delação premiada das organizações Odebrecht,
gerando expectativa de que a Lava Jato dobre de tamanho. A eleição de Donald Trump
fez a bolsa de valores brasileira recuar bastante, o dólar subiu muito e há ameaças
de sanções as exportações nacionais. Trump quer gastar mais e reduzir impostos.
A implicação imediata é maior inflação para o mundo. Ademais, ele tenciona
elevar os juros, o que pode diminuir o crescimento dos Estados Unidos.
Em entrevista de hoje, à Folha de São Paulo, o ministro do
Supremo, Luís Roberto Barroso, declarou que o Brasil “caminha para frente, mas
devagar demais”. Sobre a Lava Jato não acredita em operação “abafa”. Viu com
preocupação a enorme quantidade de empreiteiras envolvidas em corrupção da área
dinâmica da economia, que geravam enorme quantidade de empregos.
Ontem, o jornal Estado de São Paulo resumiu a lava Jato: “Em
2 anos e 8 meses de investigações foram 250 denunciados em 54 ações penais, dos
quais 82 já condenados a mais de mil anos de prisão e R$6,4 bilhões de propina
identificados no esquema de formação de cartel, desvios e corrupção na
Petrobras”. Todavia, há uma área de contratos da Petrobras que não teve
aprofundamento, na área de exploração do gás natural. Ademais, ao somar à Lava
Jato aos contratos das empreiteiras em obras de aeroportos, rodovias, metrôs,
usinas de energia, estádios da Copa, contratos nos segmentos petroquímicos, de
saneamento, de defesa, negócios com fundos de pensão e financiamentos do BNDES,
continuarão os entraves para a economia deslanchar.
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