20/11/2016 - INÍCIO DO EMBRULHO




A economia ainda está embrulhada em déficit primário. Quando este começou? Muitos acreditam que começou em 2014, quando ocorreu o primeiro deles depois de 18 anos. Começou em 2005. No entanto, necessário se faz ver o histórico do PT no governo. Em 2002, Lula fez a “carta aos brasileiros”, prometendo respeitar contratos. Foi eleito e governou de 2003 a 2010. De 2003 a 2005 foi ortodoxo, mais do que FHC. Os bons resultados continuavam com os superávits fiscais. Foi quando o consultor informal da presidência, ex-ministro Antônio Delfim Netto, sugeriu e Antônio Palocci, ex-ministro da Fazenda, mais o ex-ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, esposaram a tese de déficit nominal zero. Ou seja, o governo passaria a pagar todos os juros da dívida pública e não mais rolaria parte deles, como vinha fazendo. Na época, a ministra Dilma Rousseff, das Minas e Energia, ficou conhecida pelo seu parecer de ser contra, visto que era defensora de gastar cada vez mais, em busca do social, acreditando que bastava somente o superávit primário. A tese era do núcleo de poder do PT, de que deveria ficar 20 anos governando. Lula era o principal defensor da tese. Aí começou o embrulho no qual o País hoje está. Os déficits fiscais de 2014-2017 (projetado) tem elevado a dívida pública para além de 70%do PIB.

A dívida pública começou com a independência política, mantendo a dependência econômica ao imperialismo inglês. Houve vários momentos nos quais a dívida, basicamente externa, prejudicou interesses nacionais. É notório que deveria ser bem administrada. Contudo, os governantes no Império e na República a tem rolado, sendo o fator explosivo do orçamento de todos os anos, quando ela compromete cerca de 50% da arrecadação. Não é por outro motivo que a carga tributária está por volta de 36% do PIB, retirando muitos recursos da economia. Daí, a poupança é baixa e o investimento reduzido, quando existem, já que hoje não há poupança do governo e investimentos muito baixos, a custa de maior endividamento.

A saída é voltar a ter superávit primário e promover as reformas econômicas.

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