19/11/2016 - VIOLÊNCIA E CORRUPÇÃO




O Brasil é um dos países mais violentos do mundo e ocupa o quarto lugar em corrupção, segundo a ONG Transparência Internacional. As notícias trazem surpresas quase todo dia. Há dois dias foi preso o ex-governador, Anthony Garotinho, do Rio de Janeiro. Em menos de 24 depois foi preso outro ex-governador, Sérgio Cabral, também do Rio, acusado de desviar recursos de mais de R$220 milhões. Enquanto isto, o Rio de Janeiro está em situação de calamidade financeira. Os servidores públicos, chamados a pagar as contas dos desvarios, tais como os da Olimpíada, protestam nas ruas.

Já vistos aqui as principais densidades da violência no Brasil, no dia 31-10-2016. Há cerca de dez anos que se divulga o mapa da violência brasileira, Pelo Anuário Brasileiro de Segurança Pública. Os números são alarmantes. Em 2015, a cada 9 minutos ocorre um assassinato. No ano passado, de morte violenta pereceram 58.492 conforme boletins de ocorrência. Em 2015, foram registrados 45.460 estupros ou 125 por dia. Quantas agressões a homossexuais, mulheres, negros, índios, mendigos e animais que não são registrados. No Brasil o número de assassinatos por 10 mil é de uma média de 27. No Japão, onde a expectativa de vida é de mais dez anos do que a brasileira, o número é de 0,73 por 10 mil. No Brasil se convive com uma guerra civil não declarada, onde morreram em quatro anos 278.839 pessoas, enquanto na Síria em guerra efetiva morreram no mesmo período 256.124.

A guerra aberta se trava atualmente contra a corrupção, que nunca houve, que teve a maior ação penal em 2012, no Supremo Tribunal Federal, envolvendo 40 réus de grosso calibre (políticos), sendo condenados 25 deles. Em 2014, iniciou-se a operação Lava Jato, acerca de investigações de cartéis na Petrobras, envolvendo esquemas de 29 empreiteiras, cujos raios de ação estão nas principais áreas da química, petroquímica, setor elétrico, hidrelétricas e energia nuclear. A Lava Jato não chegou ao fim, mas está produzindo resultados nunca vistos, várias vezes maior do que o “mensalão”.

As notícias assim divulgadas irão, sem dúvida, contribuir para que o Brasil seja um país melhor. Mas, até lá, muita roupa suja tem de ser lavada em público e votadas leis que aperfeiçoem a democracia, tal como a lei anticorrupção, prestes a ser aprovada.

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