24/11/2016 - TAXA COMPOSTA DE SUBUTILIZAÇÃO DA FORÇA DE TRABALHO
Novo tratamento estatístico engloba a insuficiência ou
ausência da força de trabalho. Tradicionalmente, o grave problema do desemprego
é retratado todo mês, pelo IBGE, ao apresentar dados da PNAD Contínua. O
desemprego aberto é de 12 milhões de pessoas, já 4,8 milhões de pessoas estão
subutilizadas, isto é, trabalhando menos do que gostariam, além de 6,1 milhões
que poderiam trabalhar, mas que declararam ao IBGE não querem trabalhar. Ou
seja, 22,923 milhões de brasileiros, segundo o IBGE se encontram em desemprego,
mais subocupação de pessoas, mais aqueles que não têm estímulos para trabalhar
(desemprego por desalento). Como a população economicamente ativa (PEA), quer
dizer, aquela em idade de trabalhar, está por volta de 100 milhões, por volta
de 22,9% estão pressionando a economia para obtenção de renda. Essa é a taxa
composta de subutilização da força de trabalho, segundo denominação do IBGE. O
número retrata a tragédia da maior recessão brasileira.
O enfoque tradicional tem sido de taxa de desemprego da PEA.
No Brasil a média do desemprego aberto de julho a setembro do ano foi de 11,8%.
No Nordeste, de 14,1%. Na Bahia, a maior taxa, de 15,9%. A subutilização da
força de trabalho no Brasil, conforme referido acima, foi de 22,9%. No
Nordeste, de 31,4%. Na Bahia, de 34,1%. Já a subocupação por insuficiência de
horas trabalhadas e desocupação no Brasil teve a média de 16,5%. No Nordeste,
de 22,9%. Na Bahia, 26,2%.
Por seu turno, o Brasil desperdiça mais de um terço da força
de trabalho dos jovens. Entre aqueles de 18 a 24 anos, 37,1% estavam
subutilizados no terceiro trimestre deste ano. Isto é, eram desempregados, ou
trabalhavam menos de 40 horas semanais e gostariam de ampliar sua jornada de
trabalho ou faziam parte da também chamada força de trabalho potencial, formada
por cidadãos que não buscaram uma vaga de trabalho, mas estavam disponíveis
para trabalhar e, também por quem procurou emprego, porém não estavam
disponíveis no momento da pesquisa. No global eram 6,2 milhões de jovens.
Voltando aos 22,923 milhões, nesse indicador de utilização da
força de trabalho, encontrava-se no citado terceiro trimestre 8,750 milhões no
Nordeste; 8,683 no Sudeste; no Sul, 2,122 milhões; no Norte 2,041 milhões; no
Centro Oeste, 1,326 milhões. O Nordeste é a região que utilizava a maior taxa
de subutilização da força de trabalho, de 31,4%; seguido do Sudeste, 18,2%; no
Sul, a menor, de 13,2%.
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