28/04/2016 - EXPECTATIVAS DISPARAM AS BOLSAS HÁ UM MÊS




Uma máxima de mercado é de que as bolsas sobem no fato e descem no ato, que se repete, na fase de baixa do ciclo econômico. Há cerca de um mês que as bolsas já subiram cerca de 40%. Aguarda-se novo governo, ainda que por 180 dias, para substituir a presidente Dilma Rousseff, de desastrada administração, que há três anos deixou o Brasil em forte recessão, além de deteriorar a contabilidade nacional, forte elevação do desemprego aberto e desconfianças, inclusive internacional, cujas maiores agências de risco mundiais retiraram o selo de qualidade, de bom pagador do País. O motivo da saída dela, nos próximos dias, “é a economia, estúpido”, consagrada frase do assessor presidencial dos Estados Unidos, Sr. Carvile, no final do século passado, que se aplica a qualquer país, acerca dos erros da má gestão econômica e a economia não perdoa, em lugar nenhum do mundo. Cobra mesmo.

No momento, ocorre uma euforia na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), que se aproximou de 55 mil pontos. Esteve no ano passado em 38 mil, o segundo menor recuo desde a violenta crise no centro capitalista, a segunda maior da história, que se iniciou em setembro de 2008 e durou alguns anos. Em 2009, a Bovespa bateu no piso de 37 mil. Antes, em maio de 2008, quando o Brasil recebeu o selo de qualidade da agência de risco Standard & Poor’s a Bovespa tinha atingido o seu maior pico, de 73 mil pontos, teto que ainda irá demorar em ser ultrapassado. Quiçá, depois de 2018, quando o crescimento se almejará ser robusto.

O que Michel Temer irá seguir, em tese, está nos recentes documentos do PMDB, a “Agenda Brasil” e “Uma ponte para o futuro”. O governo esperado dele vem procurando formar um time de ganhadores. A peça principal é o dirigente da equipe econômica, como ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, eleito deputado federal em 2002, pelo PSDB, mas que não exerceu o mandato, tendo servido com êxito reconhecido por oito anos ao governo do PT, do ex-presidente Lula, como ministro do Banco Central. O qual foi recomendado à Dilma, por Lula, mas que ela não aceitou. Meirelles tem fama internacional, como empresário, banqueiro mundial e dirigente governamental. Para o ministério do Planejamento, o candidato é o senador Romero Jucá, economista conhecido como prático, objetivo e representa interesses dos empresários. Ele se declara contra a CPMF, mas a favor de cobrança de imposto sobre heranças, defende mudanças no PIS, PASEP, COFINS e ICMS, além de favorável à lei de responsabilidade fiscal e é a favor das privatizações. Considerado defensor da facilitação da vida empresarial, através da limpeza do entulho burocrático e regulatório. Defensor da mudança na legislação ambiental, para simplificação de exigências.

Por fim, existem sinais de identificação de Temer com a retomada do crescimento, por parte dos capitalistas, conforme o mercado de capitais, além de ser apoiado por partidos que hoje fazem a maioria no Congresso Nacional e por cinco centrais sindicais trabalhistas. Sem dúvida, para completar o ajuste fiscal terá de tomar medidas duras, inicialmente, por poucos meses. Depois, as reformas econômicas que já estão consignadas nas plataformas acima citadas. Para encerrar esta lauda, ontem mesmo ele anunciou uma medida proativa, de aplicação em países desenvolvidos, qual seja a proposta de um bônus de desempenho para professores do País.

Reitera-se que aqui é o local onde diariamente se coloca o necessário da política econômica, que é a economia normativa, respaldando-se da teoria econômica, que é positiva, em essência. Além de que é um exercício diário para os alunos de Economia Brasileira.

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