26/04/2016 - MEDIDAS EMERGENCIAIS COGITADAS
A economia brasileira está
desequilibrada desde 2014, quando ocorreu déficit primário depois de 18 anos de
política econômica de uma economia estabilizada, após o Plano Real, em 1994. Vai
fazer três anos que o buraco das finanças públicas só tem crescido. Como
“miséria pouca é bobagem”, a arrecadação de tributos caiu muito mais, próxima
da do dobro da produção. Assim, União, Estados e Municípios mergulharam em
forte recessão. A toda semana, o Banco Central consulta 120 entidades
financeiras sobre as perspectivas da economia. Desde a primeira semana do ano a
expectativa do PIB de 2016 só tem estado ladeira abaixo. Pela primeira vez, o
mercado projeta taxa de – 3,88% de queda do PIB, maior do que a queda do ano
passado. Já há economista projetando para este ano – 6% de retração do PIB. Uma
calamidade. O governo está paralisado. O vice-presidente, Michel Temer, em 180
dias, terá de agir rápido. O ideal seria um plano econômico de desenvolvimento.
Porém, o que provavelmente irão acontecer serão medidas de emergências, que têm
sido cogitadas por um eventual governo de Michel Temer, no muito provável
afastamento da presidente Dilma. Assim, admitindo-se que a política econômica
será pró-cíclica, pelo menos onze tomadas de decisão estão sendo cogitadas:
1ª) Recuperação da confiança dos
investidores, dos consumidores e da credibilidade do País.
2ª) Redução da dívida pública por
meio da venda de parte das reservas internacionais.
3ª) Inflação em declínio, redução
gradativa da taxa média de juros da economia.
4ª) Flexibilidade para
administrar o orçamento público.
5ª) Cortar o número de
ministérios dos atuais 32 para 20. Cargos comissionados devem cair
drasticamente.
6ª) Inevitável a volta da CPMF
ainda que temporária.
7ª) Incentivos para as
exportações.
8ª) Livrar-se da camisa de força
do Mercosul, fazendo vários acordos de comércio. Isto é, abrir mais a economia,
que é muito fechada.
9ª) Realizar investimentos em
infraestrutura e mais parcerias público-privadas.
10ª) Reforma da previdência,
principalmente elevando a idade da aposentadoria para reduzir déficit da
previdência social.
11ª) Descentralizar decisões.
Deixar os ministros agirem proativamente. Fala-se no imobilismo atual, já que a
presidente Dilma parece que deixou de governar. Muito antes, seus ministros não
faziam grande coisa porque tinham medo de serem repreendidos por ela.
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