15/04/2016 - 60 MILHÕES DE INADIMPLENTES




A quanto correspondem 60 milhões de inadimplentes no Brasil? Considerando 205 milhões de habitantes significam mais de 29% dos brasileiros. Dessa vez, o número de cidadãos atingiu a marca histórica de 60 milhões de pessoas com sérias dificuldades financeiras. A inadimplência mostra o quanto as pessoas estão sofrendo com a preocupação de não poder pagar seus compromissos em dia. As dívidas em atraso totalizam R$256 bilhões, conforme estatísticas divulgadas pela Serasa Experian. Considerando cidadãos com mais de 18 anos, os inadimplentes seriam 41%, sendo o resultado mais adverso já registrado pela série histórica mensal, iniciada em 2012. Naquela oportunidade, o número de pessoas que não conseguiram pagar seus compromissos financeiros em dia eram 50,2 milhões. Em quatro anos, cerca de dois milhões de pessoas, em média, foram agregadas anualmente ao rol de inadimplentes. Porém, a maior gravidade dos registros de quatro anos se revelou neste início de 2016. Nos três primeiros meses de 2016, mais de dois milhões de pessoas passaram a fazer parte de pagadores de dívida fora do aprazado. Segundo a SERASA “Historicamente, a inadimplência tende a crescer mais no primeiro trimestre, pela concentração de despesas e gastos adicionais nessa época. Mas, nesse levantamento, os números surpreenderam”.

Consoante a pesquisa da SERASA, 40% dos 60 milhões (24 milhões) de inadimplentes recebem de um a dois salários mínimos. Já 37,2% vivem com menos de R$880,00. Quer dizer que as classes de renda mais baixas crescem em atrasos de quitar compromissos mais do que as outras. Em outras palavras, os que mais sentem dificuldades não conseguem pagar em dia e muito menos fazer uma reserva financeira. Contudo, é bom relativizar a situação de atrasos pelas circunstâncias de cada cidadão. A maioria das pessoas enquadradas no rol citado tem problemas como os de que o salário não dá para fechar o mês (ganha pouco mesmo), ou de que houve um imprevisto que gerou enormes gastos, tais como a saúde, reforma de casa, batida de carro, esquecimentos, acidentes outros e até mesmo o endividamento fácil pelo crediário, cheque especial ou cartão de crédito. Portanto, um grande número de inadimplentes está na fricção do dia-a-dia.

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