01/04/2016 - RODA DO DÉFICIT PÚBLICO CRESCENTE
Não bastasse déficit primário de
R$32 bilhões da União, em 2014, depois de 18 anos, muito embora o governo contasse
com superávit. Não fosse suficiente déficit primário de R$119 bilhões em 2015,
embora prometido superávit no início do ano. Não fosse necessário prever
superávit primário, mas, já agora em março o governo federal, anuncia déficit
primário de R$96,6 bilhões. Assim, três anos consecutivos prováveis de rombos
orçamentários pioraram as contas nacionais e tiraram o selo de qualidade do
Brasil, antes atribuído pelas agências principais de risco mundiais, além de
elevar a relação Dívida Pública/PIB, de 53% em 2010, para acima de 70% em 2016,
além de ser projetada a relação referida para 80% em 2018. A deterioração assim
exposta e continuada é explicada pelo governo federal, pela severa recessão
instalada, a qual ele mesmo colocou a Nação, pelas suas equivocadas medidas de
política econômica.
Os dados mais recentes revelam
que o setor público brasileiro registrou em fevereiro um déficit primário de
R$23 bilhões, o maior já registrado para o mês. Assim, as previsões que já eram
ruins para o déficit público pioraram ainda. As projeções do Banco Central (BC)
são de que a relação acima citada passasse de 71,5%, de janeiro, para 73,2%, no
final do ano. Até fevereiro, a estimativa do BC já está em 67,6%. O próprio
diretor do Departamento Econômico do BC informou ao mercado que há grande
descompasso entre a evolução da receita e da despesa governamental. O governo
federal está incapaz de fazer a economia melhorar, gerando mais arrecadação,
além de afirmar que tem pouco espaço para cortar despesas obrigatórias ou
vinculadas, reiterando, pelo próprio diretor citado, que o déficit primário do
exercício está estimado em R$96,6 bilhões ou 1,6% do PIB em 2016.
A última pesquisa do IBOPE
revelou que 82% da população brasileira desaprovam o governo da presidente
Dilma. Já, quanto a sua popularidade, 10% a consideraram ótima ou boa; 21%
regular e 69% ruim ou péssima.
Vendo de outro ângulo, que a
situação não irá melhorar, e sim, piorar, no curto prazo, o Banco Central
revelou também que, em fevereiro, houve retração de 16% de empréstimos, em
relação ao mesmo do ano anterior, já descontada a inflação. O risco sistêmico
de depressão fizeram os cinco maiores bancos do País, Banco do Brasil, Caixa
Econômica Federal, Banco Itaú, Bradesco, Santander, a provisionarem R$148
bilhões para possíveis perdas, embora seus lucros continuem estratosféricos,
até no atual ambiente de devastação. Os bancos se antecipam aos fatos, elevando
enormemente as taxas de juros e cobrando altas taxas de serviços, os quais são
livres, definindo o seu império financeiro.
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