02/04/2016 - RECUO NA EDUCAÇÃO ONDE NÃO DEVERIA RECUAR



Sim. Recuo na educação onde não deveria recuar, acontecendo no Brasil, cujo discurso oficial é de obter uma educação aprovada, acima de média da nota numérica, para chegar mais rápido ao desenvolvimento. No século XX ficou comprovado que muitos países asiáticos, tais como exemplos são o Japão, Cingapura, Taiwan, Tailândia, Coreia do Sul, dentre outros asiáticos, inclusive a China, que anexou Hong Kong, neste, onde se encontra o melhor nível educacional do globo, conforme a Organização para Cooperação do Desenvolvimento Econômico, muito embora boa parte da China ainda esteja na esfera de país emergente, experimentaram grande progresso porque elevaram o nível educacional dos seus povos. Na escala de zero a dez, todos eles estão aprovados, acima de nota cinco, outros na faixa da nota seis ou mais. Rumos ao elevado desenvolvimento, melhor estágio de classificação da Organização das Nações Unidas, vindo em seguida médio desenvolvimento e baixo desenvolvimento. A nota do brasileiro médio no ensino fundamental é de 4,3; no ensino médio de 3,7; no ensino superior, de 4,3, conforme dados oficiais. Reprovados, pela média.

O segundo governo da presidente Dilma adotou como lema: Brasil – Pátria Educadora. Ocorre que, desde meados de 2014 o País ingressou em recessão. Foram cortadas milhares de bolsas para o ensino superior, milhares de vagas do PRONATEC, relativos ao ensino médio. Porém, onde é o mais importante nível educacional, o dos primeiros anos, quando as pessoas têm melhores condições cerebrais de aprender, o Brasil recuou mais ainda. Conforme Censo Escolar 2015, cerca de 600 mil crianças, com idade entre 4 e 5 anos, que deveriam estar frequentando a pré-escola, ficaram fora da sala de aula. Se a faixa de idade por estendida até os 17 anos, o número salta para 3 milhões. Para fins comparativos, este número é equivalente ao da terceira maior capital do País, Salvador. No geral, os dados do Censo mostram uma redução nas matrículas em todas as etapas de ensino, à exceção de creches, ou seja, do atendimento para as crianças até 3 anos de idade, mas tendo a maior queda no ensino médio, de 8,3 milhões para 8,1 milhões, onde a nota média é a mais baixa e onde o País tem maior carência de mão de obra.  

As razões do recuo educacional, segundo o Censo, são a falta de atrativos para os estudantes a partir do ensino fundamental, visto que a matriz curricular zestá desconectada da realidade dos jovens, além de práticas pedagógicas envelhecidas. Uma prova disso é que a sociedade avança em tecnologia, mas mantém exclusivamente quadro verde ou branco, onde são feitos rabiscos de informações estatísticas, sem computadores em sala de aula, para projetar vídeos e outras atividades escolares. Ademais, os professores estão desatualizados ou desmotivados. Não há estímulos para a meritocracia. Isto é, professores mais qualificados, ganhando mais por produtividade per capita.

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