30/05/2015 - RANKING DE COMPETITIVIDADE
Várias vezes aqui se foram
reportado à baixa competitividade dos produtos brasileiros na economia
internacional. Sem dúvida essa é a razão pela qual o Brasil é um país pouco
aberto para o exterior. Embora sendo a sétima economia mundial, somente
participa de 1,3% das transações internacionais, assim considerado um “país
pequeno” da espécie. Corroborando isso, pela quinto ano consecutivo, o Brasil
perdeu posições no ranking das economias competitivas globais. Não é dizer que
foi só com Dilma em todo o seu tempo até agora, mas caiu também no último ano
da era Lula, mesmo o País tendo crescido 7,6% em 2010. Em 2014, o País recuou
duas posições, entre 61 nações, passando a ser o 56º, em termos de eficiência
para fazer negócios, consoante o World Competitiveness Yearbook, anuário de
negócios da empresa Suíça IMD, publicação desde 1989. É a pior classificação
desde 1996, quando passou a fazer parte do referido livro. Para este 2015 os
organismos internacionais, tipo FMI, BIRD, estão projetando um crescimento
médio mundial acima de 3,5%, estando projetado para o Brasil – 1,2%, pela
própria equipe econômica e de – 2% pelo mercado financeiro. Muito provavelmente
o País cairá ainda mais ou ficará como está no livro a ser divulgado em 2016.
Os cinco países menos
competitivos do mundo, sendo o Brasil o sexto, são Mongólia, Croácia,
Argentina, Ucrânia e Venezuela, nesta ordem negativa. Referidos países possuem
situação política, econômica e internacional consideradas caóticas, em relação
à democracia, economia e negócios brasileiros. Entre os cinco países mais
competitivos lideram os Estados Unidos, Hong Kong, Cingapura, Suíça e Canadá,
nesta ordem.
Nessa coluna não há um pessimismo
exagerado com o Brasil. Muitas vezes se elogiou a política econômica do governo
Lula, que manteve os principais fundamentos da economia, tais como o Plano Real
(fundamento monetário), Lei de Responsabilidade Fiscal (fundamento fiscal), o
regime de metas de inflação (fundamento da estabilidade), o câmbio flutuante
(fundamento das relações de troca internacionais, estando valorizado com ele,
porque o Brasil tinha superávits comerciais e atraia muitos capitais externos).
A gestão econômica da presidente Dilma no primeiro mandato foi um desastre. O
Plano Real esteve ameaçado, visto que as famílias começaram a fazer estoques
preventivos de produtos (não tantas). A Lei de Responsabilidade Fiscal foi
descumprida diversas vezes, mediante pedaladas para fechar as contas anuais de
2011 a 2014. A inflação sempre esteve acima da meta, beirando o teto de 6,5%,
estando neste ano acima de 8%. O único que se salvou foi o câmbio flutuante.
Portanto, no seu segundo mandato, a nova equipe econômica está querendo salvar
os principais fundamentos da economia, começando com o ajuste fiscal, no
caminho certo. Mas, precisa urgentemente definir as reformas estruturais.
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