29/05/2015 - JUROS EM ELEVAÇÃO, DIFÍCIL ENCONTRAR EMPREGO, SAQUE NA POUPANÇA
Na semana que vem se reunirá o
Comitê de Política Monetária (COPOM) do Banco Central (BC), quando, segundo
expectativas do mercado financeiro, a SELIC poderá se elevar de 13,25% para
13,75%. A atual taxa SELIC, que serve de referencial para as taxas de juros em
geral, já é maior do que aquela de 2008, quando descambou na recessão de 2009.
Juros básicos altos têm sido eficientes no combate a inflação, mas inibem
investimentos, retraindo a atividade econômica e elevando o desemprego. Mesmo
assim, a estimativa do mercado, conforme a última pesquisa do boletim Focus do
BC, fechará a inflação de 2015 a 8,37% ao ano. Em 12 meses, até abril, ela já
estava em 8,17%, maior nível em mais de 11 anos.
Perante a renda média real em
queda desde o início deste ano, os trabalhadores têm recorrido aos saques na
caderneta de poupança, para ficar com suas contas em dia, ou, então, têm-se
endividado ainda mais. Consoante pesquisa mensal da Fundação Getúlio Vargas,
sobre a situação financeira brasileira, em maio, 82,2% dos pesquisados pioraram
sua percepção sobre suas finanças, sendo o momento difícil para procurar
emprego, de inflação elevada e de crédito mais restrito, sendo 82,2% o maior
percentual desde junho de 2007.
Quanto à caderneta de poupança,
os grandes aplicadores estão tirando dinheiro para aplicar na renda fixa,
contraindo o crédito para a área imobiliária. Já os pequenos e médios estão
tirando mesmo dinheiro da poupança é para consumir ou pagar dívidas. O fato é
que o saldo da poupança ficou - R$4,4 bilhões em janeiro; - R$4,9 bilhões em
fevereiro; - R$9,2 bilhões em março; - R$5,2 bilhões em abril; no total
negativo de R$23,7 bilhões.
Assim como visto aqui ontem, sem
poupança não há estabilidade, não há investimento, não há crescimento. Isto
tanto vale para o indivíduo, para a empresa, para um país, para o mundo.
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