25/05/2015 - TRANSPARÊNCIA NA GESTÃO PÚBLICA
A presidente Dilma, atrás de
votos no Congresso, colocou nas mãos do vice-presidente Michel Temer, o leilão
de vários cargos como moeda de troca. Desde 2011 foram preenchidos 22 mil
cargos em comissão no governo federal. Reproduzem também nos Estados e
Municípios verdadeiros balcões de negócios. Agora mesmo para aprovar o ajuste
fiscal, mais de 200 cargos de confiança na direção dos ministérios estão sendo
preenchidos. São cargos ocupados sem concurso público e é onde se encontram as
raízes da corrupção. Cortar cargos de confiança é mais eficaz do que reduzir
ministérios, no jogo político. Em levantamento feito pela revista Veja,
publicado nesta semana, em cinco órgãos federais se concentram os casos de desvios
de dinheiro, 262 ao todo, sendo alto o percentual de filiados em cargos de
confiança. (1) No Ministério da Saúde existem 95 escândalos, 22% de filiados à
base aliada. (2) Na SUDAM há 48 processos, 22% de filiados. (3) No INCRA há 45 escândalos
e também 22% de membros da base aliada. (4) No Ministério do Trabalho existem
36 processos, 19% de filiados. (5) No Ministério dos Transportes há 38
processos, 11% da base aliada. Nos demais órgãos há uma diluição de processos.
No Ministério das Relações Exteriores existem 3 escândalos, 5% de filiados. Na
Comissão de Valores Mobiliários há um escândalo, 8,8% de filiados. No
Ministério da Defesa há um processo, 8,6% de filiados. No IMMETRO, zero de
processo, 8,6% de filiados. Na SUSEP, zero, 8,3%. Na Fundação Oswaldo Cruz,
zero, 8%. No Exército, zero, 7,3%. Na Escola Nacional de Administração Pública,
zero, 6,3%. Na Aeronáutica, zero, 5,5%. Na Marinha, zero de processo, 4,8% da
base aliada.
A Controladoria Geral da União e
a Polícia Federal têm atuado na administração direta, procurando mostrar
transparência. Entretanto, nas estatais a transparência não existe. Somente se
sabendo de corrupção quando há denúncia e delação premiada, como agora se
verifica na operação Lava-Jato da Petrobras. Por seu turno a Lei de Acesso à
Informação não obriga as estatais a divulgar os cargos de confiança. Agora
mesmo um grupo de parlamentares quer saber sobre os empréstimos secretos que o
BNDES realizou a governos da América Latina e da África, para realização de
obras públicas e o governo federal não quer abrir as portas daquele banco,
alegando sigilo bancário. Porém, ao que tudo indica no Congresso isso irá cair,
sendo investigadas todas as estatais. Portanto, poderá haver o aprimoramento
das leis e ser reduzida a corrupção em órgãos públicos.
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