06/05/2015 - MÁ GESTÃO, MENOR POUPANÇA, MENOR INVESTIMENTO, MENOR CONFIANÇA
É preciso eliminar a má gestão e reverter
o trio econômico de menor poupança em 14 anos, por volta de 14% do PIB; menor
investimento em 4 anos, menor do que 18% do PIB; menor confiança dos
capitalistas, que caiu nestes quatro últimos exercícios, além de turbinação dos
gastos públicos em relação as receitas, que somente em 2014 elas subiram 12%
contra uma arrecadação que cresceu 3%. Dessa maneira, os resultados do primeiro
mandato foram de chegar-se a um PIB estagnado, déficit primário depois de 18
anos, elevação da dívida pública bruta para 63% do PIB, déficit das contas
correntes externas de 7% do PIB, desemprego se elevando para 6,2% e ameaça das
agências internacionais de risco de rebaixar o grau de investimentos
internacional. Portanto, já que ainda não se evitou a má administração, ficou
patente que, no segundo mandato da presidente Dilma, não há alternativa senão
promover primeiro o ajuste fiscal e depois colocar no rumo certo o modelo de
crescimento, o qual responderá com as necessárias reformas econômicas. Além
disso, já há uma prévia da estimativa dos prejuízos da operação Lava-Jato na
Petrobras que abre um clarão para um novo tempo. O Brasil inteiro aguarda o
desfecho e que a estatal volte ao seu ritmo normal.
Não obstante o referido trio
econômico de deficiências, o que mais pega é a má gestão atual e a
partidarização do governo, que custa muito mais caro do que a corrupção, e,
muito mais ainda, se fosse acrescentadas a burocracia e o custo da deficiente
logística. Ontem, o delator da operação Lava-Jato, Paulo Roberto Costa,
ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, em seu depoimento na CPI da
Petrobras, disse que o uso político da estatal, tanto como em corrupção como
pela manipulação de preços dos combustíveis, visando artificialmente baixá-los,
para que a inflação não fosse a realidade de mercado, quando lá fora o petróleo
estava por volta de US$100.00, hoje está em menos da metade daquele preço,
custou à petrolífera cerca de R$60 bilhões. Ou seja, por volta de dez vezes do
que o valor reconhecido em balanço auditado da empresa, de 2014, de
aproximadamente R$6 bilhões, valor ainda insuficiente, mais já contabilizado.
Referido ex-diretor, foi o primeiro que, em delação premiada, reconheceu ter
recebido R$31 milhões de propina, mais não foi o que mais recebeu, já tendo
sido condenado em um processo de primeira instância a sete anos de prisão e a
devolver o que levou. Por exemplo, o ex-gerente Pedro Barusco da Petrobras já
devolveu R$157 milhões como parte do que se apropriou daquela Instituição.
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